Exportação de energia

Recuperação de hidrelétricas pode permitir exportação de energia, aponta CMSE

Comitê aponta melhora no suprimento elétrico e redução do uso de termelétricas, com excedentes enviados para Argentina e Uruguai

Itaipu Binacional, localizada no rio Paraná, nos municípios de Foz do Iguaçu (Brasil, e Hernandarias (Paraguai)
Hidrelétrica de Itaipu Binacional, localizada no rio Paraná, nos municípios de Foz do Iguaçu (Brasil, e Hernandarias (Paraguai) | Foto Joédson Alves/Agência Brasil)

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) informou nesta quarta-feira (5/2) após reunião ordinária, que a recuperação das bacias hidrelétricas poderá permitir que excedentes sejam exportados para outros países. Foi também comunicado que houve melhora nas condições de suprimento de energia elétrica no mês de janeiro. “Esse avanço permitiu a redução da necessidade de despacho termelétrico e o aumento da exportação de excedentes”, disse o comunicado.

Na última segunda-feira (3), o Brasil exportou 1.093 megawatt-médios (MWmédios) para Argentina e Uruguai, volume equivalente a toda a geração termelétrica da região Sul no mesmo dia.

Para o último dia de fevereiro, as projeções de armazenamento de energia para o Sistema Interligado Nacional (SIN) mostram patamares de 68,6% a 75,8%. No cenário considerado mais otimista há a previsão de 72,9%, 74,7%, 82,3% e 94,8% em armazenamento para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente.

Em relação à Energia Natural Afluente (ENA), calculada pela Média de Longo Termo (MLT), a previsão considerada otimista para fevereiro indica patamares de 87%, 70%, 94% e 110%, nesta ordem, para o Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte.

Para o Sistema Interligado Nacional (SIN), os resultados apontam para condições de afluência de 91%. De acordo com o cenário menos favorável, a indicação é de uma afluência abaixo da média histórica para todos os subsistemas em fevereiro.

CMSE aponta melhora no suprimento

No mês de janeiro, o comitê de monitoramento registrou uma diminuição no volume de precipitação nas bacias da Região Sul, enquanto nas bacias dos rios São Francisco, Tocantins, Xingu, Tapajós e no trecho boliviano da bacia do Madeira se verificou um aumento, com ocorrência de totais superiores à média climatológica.

Em relação à Energia Natural Afluente (ENA), janeiro registrou valores abaixo da média histórica no Sudeste/Centro-Oeste (98% da Média de Longo Termo – MLT), Sul (70%) e Nordeste (82%). Apenas o Norte teve desempenho acima da média, com 108% da MLT.

Os níveis de armazenamento fecharam janeiro em 64% no Sistema Interligado Nacional (SIN).


Com informações do Estadão Conteúdo

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