Operação do sistema elétrico

CMSE mantém parâmetros de aversão ao risco para 2026

Estratégia adotada em 2025 será mantida no próximo ano, com regras que afetam operação do SIN e cálculo de preços de curto prazo

Reunião do CMSE (Foto Ricardo Botelho/MME)
Reunião do CMSE (Foto Ricardo Botelho/MME)

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu manter em 2026 os mesmos parâmetros de aversão ao risco utilizados na operação do sistema elétrico em 2025. A definição foi tomada nesta quarta-feira (30/7), durante reunião extraordinária no Ministério de Minas e Energia (MME), informou a pasta.

A manutenção dos critérios, de acordo com o MME, leva em conta análise técnica elaborada por Operador Nacional do Sistema (ONS), Câmara Comercializadora de Energia Elétrica (CCEE) e Empresa de Pesquisa Energética (EPE), submetida à Consulta Pública nº 186/2025.

A proposta recebeu contribuições de representantes do setor e busca garantir a segurança operativa do Sistema Interligado Nacional (SIN), mesmo diante de condições hidrológicas desfavoráveis, diz o ministério.

Segundo o CMSE, os níveis de armazenamento das hidrelétricas permaneceram acima de 65% ao longo de 2025, apesar da redução nas chuvas, o que confirma a efetividade das estratégias de operação aplicadas.

A pasta de Minas e Energia explica que a decisão visa ainda evitar a repetição do cenário de 2021, quando a escassez hídrica e a gestão inadequada dos reservatórios levaram ao acionamento prolongado de usinas térmicas, aumento de custos e repasse à tarifa por meio de empréstimos emergenciais emergenciais bilionários.

Os parâmetros renovados passam a valer para o Programa Mensal da Operação (PMO) a partir de janeiro de 2026, com impacto na formação dos preços de curto prazo.

A data de aplicação para o planejamento da expansão e para o cálculo da garantia física das usinas será fixada posteriormente pelo MME.

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