CMSE indica restringir ainda mais vazão de hidrelétricas

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O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), formado por órgãos do setor, indicou a necessidade de aumentar a restrição de vazão de hidrelétricas, que afeta especialmente os rios das hidrovias do Tietê-Paraná.

— Com a falta de chuvas, o governo vê necessidade de maior flexibilidade nas operações das usinas Jupiá, Porto Primavera, Ilha Solteira e Três Irmãos. Também reafirmou a demanda por energia importada da Argentina e do Uruguai e pelo despacho de térmicas, independente do custo.

— O ONS deverá criar uma rotina quinzenal de divulgação de informações para transportadores que utilizam as hidrovias, “especialmente diante dos níveis de operação previstos para as usinas hidrelétricas Ilha Solteira e Três Irmãos, que têm relevância para a navegação na Hidrovia Tietê-Paraná”, diz nota do MME.

— A previsão é que a energia armazenada no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o principal do país, atinja 26,4% em julho. Está em 29,1%. Veja a nota na íntegra.

— Com a publicação da Medida Provisória 1055, a Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG) tem o poder de determinar ações para órgãos federais e concessionários, incluindo agências do setor, como a Aneel e a ANA. O gabinete de crise volta a se reunir nesta quinta (8/7).

— A preocupação do ONS é com o aumento da demanda por energia. O operador do sistema indica que a demanda industrial, especialmente voltada para exportação, está aquecida. E o avanço da vacinação sinaliza maior consumo do comércio…

–… Enquanto a energia natural afluente (ENA) – a água que chega nos reservatórios das hidrelétricas ou nos cursos dos rios – chegou a 56% da média histórica no início de julho, e a previsão é que fique em 62% ao longo do mês.

Em entrevista à TV Senado, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, voltou a negar a necessidade de racionamento ou apagão. Culpou a falta de chuvas e disse novamente que os consumidores precisam economizar:

— “Essas termelétricas estão sendo utilizadas mais intensamente agora, fruto dos níveis dos nossos reservatórios, e isso vai na conta do consumidor. Essas bandeiras tarifárias significam que o custo da energia ficou mais caro e essa energia tem de ser paga, é isso que indica e o consumidor vai ter de arcar com o custo”. Broadcast

Em epbr: Mais uma crise, e eficiência energética segue atrasada no Brasil

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Acordo da Petrobras com o Cade para abertura do mercado de gás completa dois anos, mas companhia segue como a única supridora em praticamente todos os contratos com distribuidoras do país.

— “(…) é preciso um pouco mais de assertividade — da Petrobras e de outros atores direta ou indiretamente envolvidos — para que o Brasil consiga efetivamente ter um mercado com diversidade de ofertantes”, escreve Marcelo Mendonça, da Abegás, em O xadrez que trava o mercado de gás natural (leia na íntegra).

— Por diversos motivos, o acesso à infraestrutura não se materializou. O arrendamento do terminal de GNL da Bahia não saiu do papel; Petrobras ainda é a única a contratar capacidade dos gasodutos de transporte; o serviço de processamento de gás para terceiros ainda não se materializou; e a venda da Gaspetro atrasou.

O Departamento de Energia dos Estado Unidos (DOE, em inglês) vai destinar US$ 52,5 milhões em financiamento para 31 projetos voltados ao desenvolvimento de tecnologias de hidrogênio limpo.

— Segundo anúncio feito nessa quarta (7/7), o objetivo é reduzir em 80% o custo do hidrogênio renovável até 2030, como divulgado em abril pela secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, na Cúpula do Clima. epbr

Com investimento de US$ 6 bilhões, a Fortescue Future Industries (FFI), subsidiária da mineradora australiana Fortescue Metals Group, vai construir uma usina de hidrogênio verde (H2V) no Ceará. A FFI assinou um memorando de entendimento com o governo do estado nessa quarta (7/7). epbr

— No dia anterior, a Qair Brasil também oficializou suas intenções de instalar um planta para produção de H2V e um parque eólico offshore no estado, com investimento total de US$ 6,95 bilhões.

— A White Martins e a australiana Enegix também já possuem memorandos de entendimento para investimentos no Hub de Hidrogênio do Pecém.

Transição justa. “É cada vez mais evidente que precisamos acelerar a transição energética como caminho para a economia de baixo carbono. É também crucial que as empresas incorporem incessantemente em suas culturas organizacionais aspectos ambientais, sociais e de governança – reunidos na sigla “ESG”…

— … Contudo, pouco tem se falado sobre o que essa necessária transformação na geração e no consumo de energia e no modo de ação e de produção das corporações irá causar no mundo do trabalho”, escreve Deyvid Bacelar, coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP).

— Leia a íntegra em Transição justa: quando mudança energética e ESG olham para pessoas

Pressão por R$ 5 bi para rodovias. Em recado para caminhoneiros, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que “muitas vezes” é preciso retirar orçamento de outros ministérios e transferir para obras da Infraestrutura, comandada por Tarcísio de Freitas. E cita R$ 5 bilhões para manutenção de rodovias federais.

— “Eu estou em cima do Paulo Guedes para arranjar, a pedido do Tarcísio, né, por volta de R$ 5 bilhões, que é muito pouco perto do total do orçamento, para a gente fazer a manutenção da malha federal pelo Brasil”, disse em entrevista à Rádio Guaíba. Folha

— O presidente tenta amenizar o impacto do aumento dos combustíveis anunciado pela Petrobras. O diesel subiu quase 4%, junto com gasolina e GLP, além do gás natural, que será reajustado em agosto.

Minoritários da Petrobras indicaram três candidatos para o Conselho de Administração: Juca Abdalla (Banco Clássico), Marcelo Gasparino (advogado) e Pedro Medeiros (Atalaya Capital).

— Eleição para preencher a vaga deixada por Gasparino ainda será marcada. O advogado renunciou à vaga de conselheiro independente após a saída de Roberto Castello Branco. Os minoritários questionaram a votação.

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