Bandeira vermelha

Bandeira tarifária permanece vermelha patamar 1 em julho, anuncia Aneel

Condição reflete cenário hidrológico desfavorável e uso de térmicas; custo extra na conta de luz será de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos

TAG testa com Termopernambuco [na imagem] e novas condições contratuais para facilitar despacho emergencial de termelétricas à gás (Foto Divulgação)
UTE Termopernambuco, térmica à gás da Neoenergia em Ipojuca | Foto Divulgação

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (27/6) o acionamento da Bandeira Vermelha patamar 1 nas contas de luz para o mês de julho, mantendo a mesma condição vigente ao longo de junho. Isso significa uma cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

De acordo com a agência reguladora, a manutenção da bandeira vermelha reflete a continuidade do cenário hidrológico negativo no país, com volume de água que chega aos reservatórios das hidrelétricas inferior à média histórica para o período, o que reduz a geração de energia por hidrelétricas.

“Esse quadro tende a elevar os custos de geração de energia, devido à necessidade de acionamento de fontes mais onerosas para geração, como as usinas termelétricas“, diz a Aneel.

Conforme mostrou a Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), especialistas do setor elétrico se dividiam entre quem apostava em uma bandeira tarifária vermelha patamar 1, como foi estabelecido pela Aneel, e quem antevia a possibilidade de bandeira amarela.

De qualquer forma, o cenário se mostrou mais favorável do que o previsto no início de junho, quando o mercado trabalhava com a perspectiva de uma cobrança ainda mais elevada a partir de julho, com acionamento da bandeira vermelha patamar 2.

A chuva ao longo de junho, especialmente na região Sul, melhorou a situação de armazenamento na região, propiciando a queda dos preços da energia no curtíssimo prazo (PLD), um dos gatilhos para o acionamento da bandeira tarifária.

No entanto, o Operador Nacional do Sistema(ONS) aponta que em julho as chuvas serão abaixo da média na maior parte do país. E mesmo no Sul, onde as precipitações seguem com maior intensidade, a previsão é de forte redução dos volumes a partir da segunda semana do próximo mês.

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