Energia Elétrica

Bandeira amarela na energia elétrica pesa na inflação de maio

Prévia do IBGE para o mês registra alta de 0,36%, influenciada pela aumento no custo da energia elétrica

Abraceel sai em defesa do open energy e quer ‘dados abertos’ na conta de luz. Na imagem, lâmpadas acesas (Foto: Pixabay)
Com a aplicação do modelo de open energy, o consumidor pode compartilhar os dados de consumo de energia elétrica (Foto: Pixabay)

BRASÍLIA – A prévia do índice oficial de inflação (IPCA-15) teve alta de 0,36% em maio, com maior impacto para a energia elétrica residencial, que aumentou 1,68% influenciada pela mudança na bandeira tarifária. O acumulado no ano ficou em 2,80%, enquanto o acumulado em 12 meses foi de 5,40%.

O custo da energia elétrica foi o que teve o maior peso no grupo habitação. Em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, com a cobrança adicional de R$1,88 a cada 100kwh consumidos. Além disso, pesaram ajustes tarifários em Salvador (2,07%) e Recife (3,33%).

Houve também o reajuste médio de 0,77% no gás encanado no Rio de Janeiro, vigente desde 1º de maio, o que também contribuiu para o aumento da inflação.

Transportes e combustíveis

O resultado do grupo transportes foi influenciado pela queda da passagem aérea (11,18%), provocada pela redução no preço do combustível de aviação. No geral, o grupo teve redução de 0,29% em maio.

Passagens de ônibus também tiveram redução, de 1,24%, motivadas pela gratuidade do transporte público no Distrito Federal aos domingos e feriados e redução nos preços em Curitiba.

Nos combustíveis, a inflação acelerou de -0,38% em abril para 0,11% em maio, com altas nos preços do etanol (0,54%) e da gasolina (0,14%). Diesel e gás natural veicular (GNV) tiveram redução, de 1,53% e 0,96%.

Quanto aos índices regionais, a maior variação foi registrada em Goiânia (0,79%), por conta das altas do etanol (11,84%) e da gasolina (4,11%). 

Mercado de combustíveis

A Petrobras responde por mais de 70% do mercado nacional de gasolina. O último reajuste feito pela estatal nos preços desse combustível para as distribuidoras foi em julho de 2024, quando aumentou em R$ 0,20 o litro da gasolina. Aquela foi a primeira vez que a companhia aumentou os preços desde agosto de 2023.

No diesel, a Petrobras fez mais reajustes, sendo os mais recentes influenciados pela queda na cotação do petróleo no mercado internacional. Em abril, houve uma redução de R$ 0,17 no valor vendido pelas refinarias.

Com o reajuste anunciado, a Petrobras reduziu, desde dezembro de 2022, os preços de diesel para as distribuidoras em R$ 0,94 / litro, uma redução de 20,9%. Considerando a inflação do período, esta redução é de R$ 1,45/ litro ou 29,0%, segundo os cálculos da companhia.

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