Aneel muda bandeira tarifária para setembro depois de revisão de dados 

Anúncio da bandeira vermelha feito na última sexta (30/8) adicionava R$ 7,87 a cada 10KWh; com a mudança, aumento será de R$ 4,46

Aneel muda bandeira tarifária vermelha de setembro para o patamar 1, após correção de dados do ONS. Na imagem: Torres de transmissão de energia elétrica de alta tensão com céu nublado ao fundo (Foto Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Linhas de transmissão de energia do sistema elétrico nacional | (Foto Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

BRASÍLIA – A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) alterou o patamar da bandeira tarifária de setembro. A bandeira vermelha foi reduzida do patamar 2 para o patamar 1 após a correção de informações do Programa Mensal de Operação (PMO), elaborado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS).

No aumento anteriormente informado, no patamar 2, a cobrança era de R$ 7,87 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. Após a atualização, o custo extra passa a ser de R$ 4,46 para cada 100 kWh.. 

Além disso, a diretoria da agência definiu que serão instaurados processos de fiscalização para auditar os procedimentos dos agentes envolvidos na definição da PMO e cálculo das bandeiras.

A alteração ocorre após a agência solicitar para a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) avaliação das informações e recálculo dos dados. 

Na sexta-feira (30/8), a Aneel havia comunicado que o baixo volume de chuvas e afluência nos reservatórios das hidrelétricas do país em cerca de 50% abaixo da média motivaram o acionamento da bandeira mais restritiva.

Ontem, o Ministério de Minas e Energia (MME) solicitou ao ONS a elaboração de um plano de contingência para garantir a segurança energética durante o período de seca. Os órgãos se reuniram antes do encontro do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico  (CMSE) que recomendou medidas para lidar com a estiagem.

Durante evento de formação de eletricistas, nesta quarta (8/9), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que a situação atual é mais confortável do que a da crise hídrica de 2021.

“Hoje, nós temos a conta bandeira superavitária. Nós temos recursos abundantes na conta bandeira, que podem ser utilizados caso a escassez hídrica se agrave. Segundo ponto, hoje nós temos, mais ou menos, 56% de preservação nos nossos reservatórios. Naquela época, nós tínhamos em torno de 21%”, comentou.

“Eu posso afirmar que não há nenhuma necessidade de nenhum despacho que possa aumentar o custo de energia nesse momento”, acrescentou.