BRASÍLIA — A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira tarifária para o mês de novembro em vermelha patamar 1. A Aneel justificou a restrição nesta sexta-feira (31/10) devido ao cenário desfavorável para a geração hidrelétrica, provocado pelo volume de chuvas abaixo da média e à redução nos níveis dos reservatórios.
Com essa sinalização, fica mantido o custo adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, como ocorreu em outubro.
O custo extra servirá para garantir o fornecimento de energia por meio do acionamento de usinas termelétricas, que têm custo mais elevado.
A agência também aponta que a geração solar é intermitente e não fornece energia de forma contínua, especialmente no período noturno e nos horários de maior consumo. “Por isso, o acionamento das termelétricas continua sendo essencial para atender à demanda“, diz a Aneel.
O mecanismo das bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar o custo real da energia. Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, e o acionamento de fontes de geração.
Para novembro, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estima expansão no Sistema Interligado Nacional (SIN) em 0,9%.
“A tendência de avanço da carga no SIN em novembro reflete a combinação de fatores climáticos como a indicação do aumento das temperaturas em algumas regiões do país. Estamos atentos aos cenários futuros e seguiremos utilizando os recursos disponíveis para garantir a segurança energética e atender plenamente às demandas de energia da sociedade”, explicou o diretor de Operação do ONS, Christiano Vieira.
