BRASÍLIA – A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, nesta sexta-feira (28/3), a continuidade da bandeira verde para os consumidores no mês de abril. É o quinto mês consecutivo sem cobranças extras na conta de luz.
Após uma das maiores secas da história no ano passado, a bandeira verde foi retomada em dezembro. Desde então, a Aneel fixou o patamar mais baixo em todos os meses de 2025.
A medida reflete as condições favoráveis para a geração de energia nas usinas hidrelétricas, que tiveram ganhos nos reservatórios durante o período chuvoso.
Implementado pela ANEEL em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias é uma ferramenta que permite que os consumidores acompanhem, mês a mês, as condições de geração de energia no país.
Tendência de preços
A partir de maio, começa o período de estiagem em boa parte do território nacional. Com menos chuvas, os reservatórios das hidrelétricas não sofrem as perdas e o preço tende a subir.
Segundo um estudo da consultoria TR Soluções, o preço da energia deve subir 9% em relação ao ano passado.
As chuvas a partir da segunda quinzena de fevereiro não foram suficientes para elevar os níveis dos reservatórios, o que significa que o mercado já espera um cenário mais complicado nos próximos meses.
“A projeção é de que a bandeira amarela entre em vigor em maio, com possibilidade de bandeira vermelha a partir de junho”, afirmou o diretor-executivo da comercializadora Armor Energia, Fred Menezes.
A bandeira amarela adiciona R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, representando um aumento de cerca de 3% sobre o custo da bandeira verde. Caso a bandeira vermelha seja acionada no patamar 2, o maior nível, o acréscimo pode chegar a R$ 7,877 a cada 100 kWh.