BRASÍLIA – A Agência Nacional de Energia Elétrica anunciou nesta sexta-feira (25/10) que a bandeira tarifária do mês de novembro será amarela. A mudança se deve à diminuição no preço da geração de energia, graças ao aumento no volume de chuvas.
Em outubro, o consumidor teve bandeira vermelha, o que significava R$ 7,877 extras a cada 100 quilowatts-hora (kWh). A cobrança será de R$ 1,885 a cada 100 kWh no mês seguinte.
Embora as chuvas tenham se intensificado, a Aneel entende que os reservatórios permanecem abaixo da média. Assim, o acionamento de usinas termelétricas ainda é necessário para complementar a demanda de energia elétrica.
A agência alterou a definição de bandeira no mês de setembro. Inicialmente, estava prevista bandeira vermelha nível 2, mas, após a reconsideração, foi estabelecida a bandeira vermelha nível 1. A mudança se deveu a erros no processamento de dados.
Não há previsão de volta da bandeira verde
Em setembro, o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, disse que a tendência é que, mesmo com a estabilização do período chuvoso, seria necessário o acionamento das bandeiras amarela ou vermelha.
Embora o setor tenha trabalhado em medidas para evitar uma crise, o cenário era considerado mais favorável do que o registrado em 2021, quando os reservatórios de hidrelétricas atingiram níveis baixos e houve maior acionamento de térmicas.
“Sob o ponto de vista da percepção, parece que está mais quente, mais desagradável. Mas nós tivemos dois anos em que a bandeira foi verde, tivemos dois anos em que os reservatórios foram bastante restabelecidos. Temos agora um nível de armazenamento em torno de 50%, o que traz algum conforto”, avaliou Feitosa.
A bandeira tarifária ficou verde de abril de 2022 até julho de 2024, quando foi interrompida com o anúncio da bandeira amarela, seguida de bandeira verde em agosto.