BRASÍLIA — A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve ter, a partir do dia 14 de julho, o terceiro interino na diretoria colegiada, com a conclusão dos mandatos de titulares.
O governo federal ainda não definiu os próximos indicados para as duas cadeiras livres na diretoria da autarquia.
Empossada em janeiro, a diretora-substituta Ludimila Lima completará seis meses e deixará a diretoria em 13 de julho.
Lima participou da última reunião colegiada nesta terça-feira (1º/7) e tem férias programadas. Por esse motivo, não estará no colegiado na próxima semana.
Na lista tríplice publicada pelo governo no início de 2025, o próximo nome é de Ivo Secchi Nazareno, atual secretário de Leilões da Aneel.
Nazareno deve participar da primeira reunião no dia 15 de julho — semana do início do recesso parlamentar. O colegiado conta ainda com o diretor-substituto Daniel Danna, que assumiu a cadeira em 27 de maio, com o fim do mandato de Ricardo Tili.
Desde maio de 2024, quando Hélvio Guerra deixou a agência, o colegiado está incompleto.
Como não havia lista tríplice aprovada nem indicado sabatinado, a Aneel ficou oito meses com a diretoria incompleta.
Essa situação causou indefinição em processos problemáticos, a exemplo da transferência de controle da Amazonas Energia.
Governo tem dificuldade em indicar diretores da Aneel
Quando a cadeira de Guerra ficou vaga, começaram as especulações sobre os próximos diretores da Aneel. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), quer indicar o secretário de Energia Elétrica do MME, Gentil Nogueira.
O envio do nome de Willamy Frota, ex-diretor da Amazonas Energia e indicação de Eduardo Braga (MDB/AM) poderia selar o acordo, mas Silveira — com apoio do Planalto — travou a nomeação.
Conta em favor do impasse outras disputas do governo Lula com o Congresso Nacional envolvendo as agências, a exemplo da ANTT (transportes). O atual diretor-geral interino, Guilherme Sampaio, chegou a ser indicado ao Senado, mas com prazo de um ano.
Davi Alcolumbre (União/AP), à frente das negociações, e seus aliados no Senado exigem o prazo completo, de cinco anos.
Outro nome chegou a ser negociado para a Aneel: Rômulo Gobbi, assessor do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).