MP dos vetos

Abragel: Nova MP do setor elétrico atesta importância das PCHs para equilibrar sistema

Após articulação do governo com o Legislativo, ficou definido que seriam reduzidas contratações obrigatórias previstas na lei das eólicas offshore

PCH Ludesa (30MW), da CPFL Renováveis, em operação desde 2007, localizada junto ao rio Chapecó, no oeste de Santa Catarina (Foto Divulgação Terra Ambiental)
PCH Ludesa (30MW), da CPFL Renováveis | Foto Divulgação Terra Ambiental

A nova Medida Provisória do setor elétrico, publicada nesta sexta-feira (11/7), no Diário Oficial da União (DOU), atesta, na avaliação da Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel), a importância das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) para o equilíbrio do sistema energético.

Em nota, a Abragel afirma que a MP reforça pontos relevantes discutidos e aprovados pelo Congresso durante a discussão do PL das Eólicas Offshore. “É um passo inicial importante para solucionar impasses surgidos ante a discussão de vetos”, diz.

A MP limita o impacto dos vetos derrubados sobre emendas “jabutis” inseridas na lei das eólicas offshore. Após articulação do governo com o Legislativo, ficou definido que seriam reduzidas contratações obrigatórias previstas.

Para as pequenas hidrelétricas, por exemplo, foi substituída a previsão de contração de 12,5 megawatts de térmicas inflexíveis para o patamar de até 4,9 megawatts, por meio de leilões planejados, de forma escalonada.

“O texto atesta a importância das PCHs para o equilíbrio do sistema energético, garantindo fonte de energia limpa, renovável, de baixo custo e despachável para atender o País nos momentos de maior demanda e evitar episódios de instabilidade e apagões”, diz a Abragel na nota.

A entidade avalia ainda que, ao manter a prorrogação dos contratos do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) em novos termos, o governo reconhece os impactos positivos da medida para a indústria e o consumidor, como a redução das necessidades da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e sua contribuição para a modicidade tarifária.

“A instituição de uma programação de leilões para as PCHs – fonte que é 100% nacional e, acima de tudo, um bem da União – confirma a tese da Abragel de que é necessário e fundamental que o Estado atue como catalisador de ações para garantir a exploração das águas em benefício da sociedade”, afirma.

A Associação lembra que a MP ainda deverá receber colaborações e ajustes durante a tramitação no Congresso e diz esperar que essas contribuições ocorram “com foco em garantir o equilíbrio e a sustentabilidade do sistema”.

Inscreva-se em nossas newsletters

Fique bem-informado sobre energia todos os dias