BRASÍLIA — Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (Coagro), ZEG Biogás e Porto do Açu, no Rio de Janeiro, anunciaram nesta quarta (4/10) a assinatura de um memorando de entendimento para a implantação de uma planta de biometano com capacidade inicial de produção de 5 milhões de m3 por ano.
Os primeiros estudos foram iniciados pela ZEG Biogás em maio de 2023. A expectativa é que a decisão de investimento ocorra no primeiro trimestre de 2024, com previsão para começar a operar a planta comercialmente em 2025.
Com custos estimados em R$ 60 milhões para a implantação da primeira unidade de produção de biometano, as empresas esperam alavancar a agroindústria fluminense, criando um mercado para os resíduos agrícolas.
Atualmente, o potencial de produção de cana-de-açúcar na área de influência do Açu é de cerca de 2,1 milhões de toneladas por ano.
Segundo as companhias, caso a disponibilidade de biomassa local avance ao longo dos próximos anos, os investimentos poderão ser ampliados, assim como a oferta de biometano para o mercado.
Biometano de vinhaça
A usina será a primeira do estado do Rio de Janeiro a utilizar vinhaça, subproduto da cana-de-açúcar, para geração de biogás e produção do biometano, mas também é estudada a aplicação de outros substratos para a ampliação do projeto no futuro.
A matéria-prima será fornecida pela Coagro. Já a tecnologia para geração do biogás e purificação em bioemtano será da ZEG Biogás, que também atuará como potencial investidor do projeto, além de comercializar com exclusividade todo o biocombustível produzido.
O Porto do Açu atuará como plataforma de infraestrutura. Além de fomentar o consumo do biometano nas instalações industriais, irá fazer o transporte dos veículos de carga e providenciar equipamentos logísticos, de acordo com o memorando.
João Braz, Chief Commercial Officer (CCO) do Porto do Açu, explica que a ideia é combinar energia renovável e consumo industrial no mesmo lugar.
“Buscamos tornar o Porto Açu um ecossistema para o desenvolvimento de projetos industriais de baixo carbono e contribuir para a transição energética. Isso se dará a partir da ampliação da disponibilidade de energias de fonte renovável”, diz