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White Martins adquire participação em parque eólico no RS para cortar emissões das operações

Com a substituição da eletricidade de fontes de energia convencionais por energia renovável, a White Martins espera reduzir suas emissões de escopo 2 no Brasil em 19%

Parque eólico ao anoitecer. Na imagem aparecem três aerogeradores
(Foto: Albert Vilchez/EBC)

BRASÍLIA — A White Martins e a Omega Energia oficializaram acordo para participação conjunta no Parque Eólico Chuí, no Rio Grande do Sul. O contrato foi aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e prevê o fornecimento de 876.000 MWh/ano de energia renovável para a multinacional de gases industriais.

A meta da Linde, controladora da White Martins, é reduzir as emissões absolutas de gases de efeito estufa de escopos 1 e 2 em 35% até 2035, em relação a 2021.

Emissões de escopo 1 são resultado direto das atividades; escopo 2, do consumo de energia; e escopo 3 da cadeia de suprimentos e produtos.

Com a substituição da eletricidade de fontes convencionais por renovável, a White Martins espera reduzir suas emissões de escopo 2 no Brasil em 19%.

Segundo Gilney Bastos, presidente da White Martins e da Linde na América do Sul, além de contribuir para descarbonizar os negócios, a transição promete ganhos de competitividade em diferentes segmentos da indústria.

Hidrogênio verde no RS

Em dezembro de 2021, White Martins e governo do Estado assinaram um memorando de entendimento para construção e operação de uma planta industrial de hidrogênio verde (H2V) e amônia verde, e implementação do programa gaúcho Hidrogênio Verde – Construir e desenvolver energias renováveis no RS.

Cotado para receber o projeto de H2V da White Martins, o porto do Rio Grande, em Rio Grande, está próximo a parques eólicos offshore atualmente em licenciamento, além de ser o maior distrito portuário e industrial do estado.

Assim como projetos anunciados em outros estados, esses complexos portuários combinam uma série de fatores estratégicos para o desenvolvimento da nova cadeia do H2V, como logística para exportação, proximidade de pólos industriais e de fontes de energia renovável — utilizada na eletrólise para sintetização do H2V.

Com destaque para os novos parques eólicos offshore que, assim como no caso do hidrogênio verde, estão em fase embrionária no país e aguardam definições regulatórias.