BRASÍLIA — A White Martins e a Omega Energia oficializaram acordo para participação conjunta no Parque Eólico Chuí, no Rio Grande do Sul. O contrato foi aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e prevê o fornecimento de 876.000 MWh/ano de energia renovável para a multinacional de gases industriais.
A meta da Linde, controladora da White Martins, é reduzir as emissões absolutas de gases de efeito estufa de escopos 1 e 2 em 35% até 2035, em relação a 2021.
Emissões de escopo 1 são resultado direto das atividades; escopo 2, do consumo de energia; e escopo 3 da cadeia de suprimentos e produtos.
Com a substituição da eletricidade de fontes convencionais por renovável, a White Martins espera reduzir suas emissões de escopo 2 no Brasil em 19%.
Segundo Gilney Bastos, presidente da White Martins e da Linde na América do Sul, além de contribuir para descarbonizar os negócios, a transição promete ganhos de competitividade em diferentes segmentos da indústria.
Hidrogênio verde no RS
Em dezembro de 2021, White Martins e governo do Estado assinaram um memorando de entendimento para construção e operação de uma planta industrial de hidrogênio verde (H2V) e amônia verde, e implementação do programa gaúcho Hidrogênio Verde – Construir e desenvolver energias renováveis no RS.
Cotado para receber o projeto de H2V da White Martins, o porto do Rio Grande, em Rio Grande, está próximo a parques eólicos offshore atualmente em licenciamento, além de ser o maior distrito portuário e industrial do estado.
Assim como projetos anunciados em outros estados, esses complexos portuários combinam uma série de fatores estratégicos para o desenvolvimento da nova cadeia do H2V, como logística para exportação, proximidade de pólos industriais e de fontes de energia renovável — utilizada na eletrólise para sintetização do H2V.
Com destaque para os novos parques eólicos offshore que, assim como no caso do hidrogênio verde, estão em fase embrionária no país e aguardam definições regulatórias.