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Vibra conclui venda da ES Gás para a Energisa por R$ 863 milhões

Transação marca a entrada da Energia na distribuição de gás natural; estatal foi privatizada em março por R$ 1,423 bilhão

Vibra conclui venda da ES Gás para a Energisa por R$ 863 milhões. Na imagem: Fachada da sede da Vibra Energia no Rio de Janeiro (Foto: Divulgação)
Fachada da sede da Vibra Energia no Rio de Janeiro (Foto: Divulgação)

A Vibra anunciou nesta segunda-feira (3) a conclusão da venda da Companhia de Gás do Espírito Santo (ES Gás) para a Energisa.

A venda ocorreu por meio de um leilão de privatização em março, no qual a Energisa apresentou uma proposta de R$ 1,423 bilhão por 100% da distribuidora capixaba de gás canalizado.

A ES Gás é a distribuidora de gás natural do Espírito Santo, com contrato de concessão até 22 de julho de 2045. Atualmente, a empresa atende cerca de 75 mil clientes em 13 municípios, com volume médio comercializado de 2,2 milhões de metros cúbicos por dia em 2022.

A Vibra era dona de 49% das ações ordinárias e 60,02% do capital social total, pelos quais recebeu R$ 863 milhões. O governo do Espírito Santo recebeu os R$ 560 milhões restantes pelos 51% das ações ordinárias e 39,98% do capital social total da ES Gás.

A operação, que envolve a totalidade das ações da ES Gás, foi liquidada após o cumprimento de todas as condições precedentes, incluindo a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Terceira operadora privada

A aquisição marca a entrada da Energisa, que tem forte presença nos segmentos de distribuição e transmissão de energia elétrica, no mercado de distribuição de gás natural.

A Energia é apenas a terceira operadora privada a entrar no mercado de distribuição de gás natural no Brasil.

Além da estreante, apenas a Compass (do grupo Cosan) e a Naturgy são controladores privados no setor – que ainda possui forte presença de sociedades de economia mista controladas pelos estados.

O leilão de privatização da ES Gás, realizado nesta sexta-feira (31/3), ocorre num contexto de abertura do mercado de distribuição e se segue à privatização da Sulgás, no fim de 2021, e à venda do controle da Gaspetro – ambos os ativos adquiridos pela Compass.