BRASÍLIA — A TotalEnergies anunciou na segunda (26/6) a assinatura de um acordo com a estatal da Malásia Petronas e a japonesa Mitsui para desenvolver um projeto de armazenamento de carbono no Sudeste Asiático.
As empresas avaliarão possíveis locais de armazenamento de CO2 na Bacia Malay, incluindo aquíferos salinos (impróprios para consumo humano) e campos offshore esgotados.
Objetivo é fornecer o serviço de armazenamento de CO2 em escala comercial para descarbonizar clientes industriais na Ásia.
Países como Coreia do Sul e Japão têm metas de alcançar emissões líquidas zero até 2050, abrindo uma oportunidade de negócios para a tecnologia de captura e armazenamento de carbono (CCS).
Segundo a TotalEnergies, o desenvolvimento de uma cadeia de valor para o CCS no continente asiático exigirá uma estrutura regulatória específica e investimentos significativos.
“Traremos para a parceria nossa forte expertise em CCS, ancorada na Europa com um primeiro projeto integrado na Noruega com início previsto para o próximo ano e vários outros projetos que contribuirão para atingir nossa meta de capacidade de armazenamento de carbono de 10 milhões de toneladas por ano até 2030”, disse Patrick Pouyanné, presidente e CEO da TotalEnergies.
Hub na Malásia
A aplicação do CCS é avaliada por setores como petróleo e gás, carvão, siderurgia e cimento, intensivos em energia e emissões, e que terão maior dificuldade de se descarbonizar.
A parceria firmada na segunda vai estudar locais potenciais de armazenamento, determinar os melhores meios técnicos para entregar CO2, inclusive em clusters industriais na região e desenvolver a estrutura de negócios para comercialização do serviço de armazenamento de carbono.
Tan Sri Tengku Muhammad Taufik, CEO do Grupo Petronas, afirma que a intenção é posicionar a Malásia como um centro regional de CCS para “capturar oportunidades na transição energética”, com foco na redução da pegada de carbono de suas operações.