BRASÍLIA — A Telefónica anunciou esta semana que pretende alcançar uma redução de 90% em suas emissões operacionais globais (escopo 1 e 2), além de 56% em toda a sua cadeia de valor até 2030. A operadora antecipou suas previsões após atingir 80% de redução em 2022, oito anos antes do previsto.
Com isso, o grupo espera ser neutro em carbono até 2040, incluindo a cadeia de valor.
Segundo Maya Ormazabal, diretora de Meio Ambiente e Direitos Humanos da Telefónica, é importante acelerar as iniciativas porque a crise climática é urgente e impacta em muitas frentes.
“Nosso compromisso é atingir emissões líquidas zero até 2040 em toda a cadeia de valor, assim como neutralizar as emissões de nossas principais operações a partir de 2025. Isso é possível graças ao nosso Plano de Ação Climática, que abrange toda a empresa, a implementação de redes mais eficientes como fibra e 5G, o impulso de energia renovável e a redução das emissões provenientes de combustíveis e gases refrigerantes”.
Investimentos em eficiência e renováveis
O grupo Telefónica conseguiu reduzir, em 2022, o consumo de energia em 7,2% em comparação com 2015, mesmo com o tráfego gerenciado por suas redes aumentando 7,4 vezes.
Para alcançar isso, foram determinantes a implementação de projetos de eficiência energética e contar com 82% do consumo global de eletricidade proveniente de fontes renováveis, 100% no Brasil, Europa, Peru e Chile.
No Brasil, a Vivo, marca comercial da Telefônica, a empresa reduziu suas próprias emissões em 88% nos últimos sete anos, adotando energia 100% renovável e biocombustíveis em suas operações, além de programas de eficiência e melhoria operacional.
Além disso, a Vivo compensa todas as emissões diretas que não pode evitar com projetos de conservação da Amazônia.
Na cadeia de valor, a companhia desenvolve ações com seus 125 fornecedores mais intensivos em emissões, para que realizem seus inventários e assumam compromissos ambientais.