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Statkraft transforma parque eólico em híbrido com baterias e mira leilão de potência

As obras começam em junho em Morro do Cruzeiro e no mês seguinte em Ventos de Santa Eugênia, ambos no interior da Bahia

Statkraft transforma parque eólico, no interior da Bahia, em híbrido com solar e baterias visando mercado livre e leilão de reserva de capacidade (Foto: Bjørn Iuell/Statkraft)
Statkraft vai transformar parques eólicos no interior da Bahia em híbridos (Foto: Bjørn Iuell/Statkraft)

RIO – A Statkraft tem intenção de ofertar no leilão de reserva de capacidade o projeto híbrido de geração solar e eólica com armazenamento em baterias do parque que opera no interior da Bahia, confirmou a companhia à agência epbr.

A empresa norueguesa vai transformar os parques eólicos Ventos de Santa Eugênia e Morro do Cruzeiro, no sertão baiano, em projetos híbridos, com a implantação de parques solares no local e a instalação de baterias no mesmo ponto de conexão ao sistema.

As obras começam em junho em Morro do Cruzeiro e no mês seguinte em Ventos de Santa Eugênia, com conclusão em agosto e novembro de 2025. Ao todo, a capacidade de geração solar nos dois projetos vai chegar a 275 megawatts (MW).

O complexo eólico Ventos de Santa Eugênia foi inaugurado em fevereiro. Na ocasião, o CEO global da Statkraft, Christian Rynning-Tønnesen, já havia afirmado que a intenção é transformar todos os parques eólicos do grupo no Brasil em híbridos.

Inicialmente, o armazenamento no projeto baiano tem como alvo a venda da energia no mercado livre.

“Ele está sendo implementado para ter o aprendizado necessário para poder participar do leilão de reserva de capacidade quando houver esta possibilidade”, explica o especialista de estruturação de projetos em energia renovável da companhia, Umberto Bragaglia.

O Ministério de Minas e Energia (MME) ainda não definiu se as baterias vão poder participar do leilão de potência previsto para agosto deste ano. A expectativa é que a inclusão do armazenamento ajude a incentivar a aceleração do mercado local no Brasil.

“As baterias são uma aliada ao sistema elétrico brasileiro pois trazem a flexibilidade necessária para o contínuo aumento da participação de fontes intermitentes na matriz elétrica”, acrescentou Bragaglia.