A Siemens Energy informou nesta segunda-feira (7/8) que estima gastar mais 2,2 bilhões de euros (cerca de R$ 12 bilhões) com turbinas eólicas em 2023. A maior parte será destinada a resolver o problema dos aerogeradores defeituosos no onshore, que já afetaram inclusive parques no Brasil. Outra parcela será para cobrir o aumento dos custos dos projetos offshore.
A companhia concluiu um relatório detalhado sobre os defeitos nos aerogeradores onshore das plataformas 4.X e 5.X da subsidiária Siemens Gamesa. O custo para consertar as turbinas onshore é estimado em 1,6 bilhão de euros (R$ 8,6 bilhões).
A empresa criou uma força-tarefa e contratou a AlixPartners para ajudar a resolver o problema, mas espera ter mais despesas em 2024 e 2025.
Além disso, a Siemens Gamesa também prevê custos adicionais no setor offshore, resultando em encargos de 600 milhões de euros (R$ 3,2 bilhões). A companhia afirma que os projetos já contratados vão dar prejuízo.
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Prejuízo e revisão da estratégia
Como resultado da análise, a Siemens Energy revisou suas projeções para o ano fiscal de 2023. Agora, projeta um prejuízo líquido de cerca de € 4,5 bilhões.
Em resposta aos desafios, o conselho de supervisão da Siemens Energy estabeleceu um comitê especial para investigar os problemas na Siemens Gamesa.
Além disso, devido aos desenvolvimentos na Siemens Gamesa, a Siemens Energy está revisando sua estratégia atual no negócio eólico. Detalhes deste plano estratégico serão apresentados em novembro.