BELO HORIZONTE — Os 14 sindicatos que integram a Federação Única dos Petroleiros (FUP) iniciaram, na terça-feira (2/12), assembleias para definir o início de uma greve nacional por tempo indeterminado, a partir do dia 15 de dezembro.
As votações ocorrem após o fim do prazo dado à Petrobras e suas subsidiárias para apresentarem uma nova contraproposta ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) de 2025 e soluções para outras questões dos sindicatos.
A FUP defende a negociação de um ACT sem aplicação de ajustes fiscais sobre salários e carreiras. Na quinta-feira (27/11), a federação enviou à estatal a solicitação de uma proposta para a solução dos Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros.
Procurada, a Petrobras não comentou até o fechamento desta nota. O espaço segue aberto.
Paralelamente às assembleias, aposentados e pensionistas retomam, a partir de 11 de dezembro, a vigília em frente ao edifício-sede da Petrobras, no Rio de Janeiro.
Em novembro, a FUP aprovou o estado de greve e assembleia permanente.
A movimentação dos sindicatos ocorre em meio à aprovação, pela Petrobras, de um novo Programa de desligamento voluntário (PDV).
O programa é voltado a empregados que já se aposentaram pelo INSS antes da reforma da Previdência de 2019 e ainda estão em atividade. O público-alvo do programa é de aproximadamente 1.100 trabalhadores, com desligamentos previstos ao longo de 2026.
