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PetroReconcavo começa a estruturar UPGN própria no Rio Grande do Norte

Empresa assina acordo com Enerflex para estudar viabilidade de UPGN após revés na fusão com 3R

PetroReconcavo começa a estudar viabilidade técnico-econômica de uma UPGN própria no Rio Grande do Norte. Na imagem: Rede de dutos metálicos prateados e amarelos em operação da PetroRecôncavo (Foto: Divulgação)
Operação da PetroRecôncavo (Foto: Divulgação)

RIO – A PetroReconcavo informou, nesta segunda (29/4), que assinou um memorando de entendimentos com a Enerflex, para estudar a viabilidade técnico-econômica de uma unidade de processamento de gás natural (UPGN) no Rio Grande do Norte.

A Enerflex é uma empresa sediada no Canadá e responsável pela construção da primeira unidade de tratamento de gás da PetroReconcavo: a UTG São Roque, na Bahia.

A construção de uma UPGN própria no Rio Grande do Norte é encarada, dentro da empresa, como uma alternativa à tentativa da petroleira de se associar à 3R Petroleum.

As negociações entre PetroReconcavo e 3R, para uma possível fusão, foram suspensas este mês, depois que a Enauta enviou proposta para união das suas atividades com a 3R.

Uma das sinergias mais evidentes numa eventual fusão entre PetroReconcavo e 3R está justamente no compartilhamento da UPGN de Guamaré, que pertence à 3R, mas que tem a PetroReconcavo como principal usuária.

O acesso, contudo, vem se mostrando um gargalo para a PetroReconcavo, devido a interrupções operacionais nos dutos e UPGN em Guamaré. Além disso, a empresa se queixa dos custos de acesso às instalações (dutos e processamento) – de US$ 2,2 o milhão de BTU, segundo dados da 3R.

Antes mesmo das discussões sobre a fusão, a PetroReconcavo já manifestava interesse em entrar como sócia da 3R na UPGN, mas as partes nunca avançaram num acordo.

A 3R já manifestou anteriormente que se sente confortável na posição de prestadora de serviço para terceiros.

O próprio comando da PetroReconcavo vê, na construção de uma UPGN própria na região uma destruição de valor para ambas as empresas, mas entende ser necessário trabalhar em alternativas.

“Sabemos que, obviamente, a construção de uma UPGN exclusiva não é uma alternativa comercialmente boa. Melhor seria fazermos um acordo para a UPGN atual. Entretanto, a companhia tem que ter alternativas e colocar os planos de ação para estudar todas as alternativas disponíveis”, afirmou o CEO da PetroReconcavo, José Firmo, em março.