Greve dos petroleiros

Petroleiros mantêm greve nacional a partir do dia 15 dezembro

FUP declarou greve após considerar insuficiente a segunda contraproposta para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) de 2025

Foto: FUP
Foto: FUP

BELO HORIZONTE — Os petroleiros do Sistema Petrobras anunciaram, nesta sexta-feira (12/12), a manutenção da  greve a partir de segunda-feira (15/12), após a Federação Única dos Petroleiros (FUP) considerar insuficiente a segunda contraproposta para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) de 2025.

A paralisação foi aprovada por unanimidade nas assembleias realizadas pela federação, encerradas ontem (11/12) e comunicada à empresa nesta sexta (12/12).

A estatal entregou a nova proposta na terça-feira (9/12), que não incluía os três pontos principais exigidos pelos sindicatos: fim dos Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros; distribuição justa da riqueza gerada pela Petrobras; e defesa do Brasil Soberano.

Esse último eixo inclui o pedido de suspensão de desimplantes considerados arbitrários pelo grupo, como retiradas de trabalhadores das unidades sob a justificativa de descomissionamento da plataforma, demissões no E&P e retomada de condições de trabalho dignas. Segundo a FUP, a Petrobras não trouxe “soluções consistentes” no ACT.

Procurada, a estatal informou que a nova proposta apresentada na terça inclui “avanços para a categoria” e disse que “espera concluir o novo acordo na mesa de negociações com as entidades sindicais”.

A partir de segunda-feira, o movimento grevista se unirá ao acampamento dos aposentados e pensionistas em frente ao edifício-sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, que já estão lá desde quinta-feira (11/12).

“Temos aposentados e pensionistas dormindo na porta da sede da Petrobras e uma greve que iniciará na segunda-feira, em função da postura da diretoria da empresa que reluta a apresentar contrapropostas dignas”, disse o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, em nota.

“Precisamos resolver os três eixos principais das reivindicações da categoria. Esperamos ter um avanço na negociação, ao longo do processo”, completou.

Representantes dos petroleiros também participam de reuniões com integrantes do governo e da Comissão Quadripartite, segundo a federação.

A movimentação dos sindicatos ocorre em meio à aprovação, pela Petrobras, de um novo Programa de desligamento voluntário (PDV). 

O programa é voltado a empregados que já se aposentaram pelo INSS antes da reforma da Previdência de 2019 e ainda estão em atividade. O público-alvo da iniciativa é de aproximadamente 1.100 trabalhadores, com desligamentos previstos ao longo de 2026.

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