RIO PRETO (SP) — Os petroleiros do Norte Fluminense aprovaram a suspensão da greve. Após 15 dias de mobilização, os trabalhadores aceitaram a mais recente contraproposta da Petrobras ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
A votação ocorreu em assembleia na terça-feira (30/12) pela manhã. Foi decidida também a manutenção do Estado de Assembleia Permanente e do Estado de Greve, a fim de assegurar o cumprimento dos compromissos firmados pela estatal.
“A diretoria do Sindipetro-NF avaliou (…) que a aprovação do Acordo Coletivo de Trabalho e a suspensão da greve, com manutenção do Estado de Greve e da Assembleia Permanente, é o melhor caminho neste momento. Apresentamos o indicativo, votamos e a decisão da assembleia é soberana”, disse o coordenador-geral do Sindipetro-NF e diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Sérgio Borges, em nota.
Segundo Borges, os trabalhadores conseguiram, entre outras coisas, o compromisso de resolução dos Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, avanços na cláusula da folga suprimida e a garantia de que não haverá punições, transferências ou mudanças de regime para os grevistas.
“Mesmo com pontos ainda em aberto, saímos dessa campanha mais fortes, organizados e com conquistas que só foram possíveis graças à mobilização da categoria”, afirmou o diretor da FUP.
A greve começou em 15 de dezembro e mobilizou petroleiros em nove refinarias; 28 plataformas offshore; 16 terminais operacionais; quatro termelétricas; duas usinas de biodiesel; dez instalações terrestres operacionais, além de duas bases administrativas e três unidades de SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde).
