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Petrobras recompra quase R$ 1 bi em ações e vai pagar mais R$ 17,5 bi em dividendos

Empresa fecha o 3º trimestre com lucro de R$ 26,6 bilhões

Petrobras perde R$ 32 bilhões em valor de mercado após mudanças no Estatuto Social. Na imagem: Fachada da sede da Petrobras (Edise), no centro do Rio de Janeiro (Foto: André Motta de Souza/Agência Petrobras)
Fachada da sede da Petrobras, no centro do Rio de Janeiro (Foto: André Motta de Souza/Agência Petrobras)

RIO — A Petrobras recomprou R$ 974 milhões em ações no terceiro trimestre, após lançar um programa do tipo em julho, e anunciou nesta quinta (9/11) a distribuição de R$ 17,5 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas, como antecipação da remuneração pelo exercício de 2023, com base no balanço encerrado em setembro.

Ao todo, a companhia lucrou R$ 26,6 bilhões no terceiro trimestre – um resultado 42,2% inferior ao apurado em igual período de 2022 e 7,5% menor que do segundo trimestre deste ano.

A petroleira atribuiu a queda, principalmente, ao resultado financeiro – impactado pela desvalorização do real frente ao dólar – e maiores custos exploratórios e menores ganhos com venda de ativos. Isso tudo foi parcialmente compensado por menores despesas com imposto de renda em função do menor resultado antes dos impostos.

As receitas liquidas da empresa totalizaram R$ 124,828 bilhões no terceiro trimestre, uma queda de 26,6% ante julho e setembro de 2022 – reflexo da desvalorização do petróleo na comparação anual. Ante o segundo trimestre de 2023, houve um aumento de 9,7% nas receitas.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), por sua vez, foi de R$ 66,188 bilhões – queda de 27,6% na comparação anual e alta de 16,8% em relação ao segundo trimestre deste ano.

Petrobras pagará dividendos em 2024

A Petrobras informou que, com base nos resultados do segundo trimestre, distribuirá R$ 17,5 bilhões aos acionistas em duas parcelas: uma em fevereiro e outra em março de 2024.

A União é a principal acionista da empresa. O governo federal detém 28,67% do capital da petroleira.

O valor a ser pago, equivalente a R$ 1,344365 por ação, é maior que anunciado no segundo trimestre (de R$ 1,149304 por ação).

O montante já considera os valores da recompra de ações –  que foram descontados do total da remuneração aos acionistas calculada conforme a fórmula da política de remuneração aos acionistas.

Pela regra, a Petrobras deve, no caso de endividamento bruto igual ou inferior ao nível máximo de US$ 65 bilhões, distribuir 45% do fluxo de caixa livre.