RIO – A Petrobras avalia participar do leilão de reserva de capacidade previsto para agosto de 2024, disse o diretor de transição energética da estatal, Maurício Tolmasquim, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (8/3).
O executivo afirmou que a ideia seria negociar as usinas termelétricas da estatal que estão descontratadas.
Tolmasquim descartou a possibilidade de incluir no leilão a termelétrica em estudo para ser implantada no Polo Gaslub, o antigo Comperj, em Itaboraí (RJ), pois a unidade entraria em operação depois do prazo previsto.
Também não há interesse da estatal em comprar termelétricas existentes de outras empresas.
Questionado sobre a possibilidade de comprar a AES Brasil, o executivo afirmou que a companhia pode analisar. A empresa atua na geração de energia hidrelétrica, eólica e solar e é controlada pela americana AES Corp, que está vendendo sua fatia no negócio.
“Se tiver um portfólio de renováveis, podemos analisar, como estamos analisando várias outras empresas”, afirmou.
A Petrobras tem a intenção de ampliar a atuação em geração de energia elétrica, sobretudo com a entrada na geração solar e eólica, conforme o plano de negócios 2024-2028 anunciado ao final do ano passado.
O Ministério de Minas e Energia (MME) abriu, hoje (8/3), a consulta pública que vai debater as regras do leilão, que visa contratar potência, ou seja, a garantia de lastro para o Sistema Interligado Nacional (SIN).
Há possibilidade de contratação de termelétricas e hidrelétricas, que podem ser acionadas a qualquer momento para garantir o suprimento de energia.
Esse será o segundo leilão desse tipo no Brasil. No primeiro, em 2021, a Petrobras não chegou a fechar nenhum contrato.