RIO – O plano de negócios 2024-2028 da Petrobras ainda está “longe de ser finalizado”, disse nesta sexta (10/11) o diretor financeiro e de relacionamento com investidores, Sérgio Caetano Leite. Ele negou, ainda, que os investimentos previstos tenham sido antecipados ao governo federal.
Ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT/SP), relatou que a diretoria da petroleira apresentou os números do novo planejamento ao presidente da República, para dar uma “visão geral” do plano ao governo federal.
Leite ressalvou, porém, que o assunto ainda passa por discussões na diretoria da estatal.
“Por ser um programa coletivo, que envolve todas as áreas da empresa, o plano não pode ser apresentado a ninguém”, afirmou.
“O plano está no processo de governança ainda, então ele pode mudar. Ainda está na fase de validação pelos gerentes, diretoria e conselho de administração”, complementou.
Haddad participou nesta quinta (9/11) de reunião em Brasília com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates (PT/RN). No encontro, segundo o ministro, o novo plano de negócios 2024-2028 da Petrobras foi apresentado ao presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva (PT), e aos ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD/MG), e da Casa Civil, Rui Costa (PT/BA).
“O plano quinquenal da Petrobras, que foi apresentado pela diretoria da Petrobras ao Presidente da República. Em todas as áreas, gás, petróleo, estaleiro, fertilizante, para a gente ter uma visão geral do plano até 2028, de 2024 a 2028”, disse Haddad na saída do encontro.
“Para que o presidente tomasse conhecimento do que vai acontecer no próximo período em termos de geração de emprego”, disse Haddad.
De acordo com o ministro da Fazenda, foram apresentados os números de investimentos e haverá um “aumento significativo” nos aportes em energias renováveis, mas ele não disse qual seria o percentual.
“Não memorizei o número, mas sei que há uma ampliação considerável dos investimentos da Petrobras em energia renovável [em relação ao plano atual]”.
A Petrobras anunciou este ano que mira uma alocação de até 15% do próximo ciclo de investimentos em projetos no guarda-chuva de iniciativas de descarbonização do portfólio. Essa decisão tomada em maio e, no plano estratégico atual (2023-2027), essa alocação de capital está em 6%.