RIO – A MGás aumentou os volumes de gás natural comercializados no mercado livre no Brasil para acima de 600 mil m3/dia a partir deste mês, com a captação de novos clientes.
Criada em 2023, a comercializadora é uma joint venture entre a Macaw Energies (Golar LNG) e a Mercurio Trading e importa gás da Bolívia em bases firmes – em geral, as comercializadoras privadas possuem contratos interruptíveis com o país vizinho.
A companhia foca no mercado livre no Centro-Sul e atua, hoje, na área de influência do gasoduto Gasbol. É uma das novas investidas da Golar LNG no Brasil, por meio de sua subsidiária Macaw Energies.
Em paralelo à criação da comercializadora com a Mercurio, a Macaw também comprou em 2023 o controle da Logás, empresa tradicional do ramo de transporte de gás natural comprimido (GNC).
A Macaw Energies tem planos de atuar no mercado de gás natural liquefeito (GNL small-scale) e explorar a demanda do setor de transporte pesado, sobretudo caminhões.
A companhia, em parceria com o grupo Vale Azul, pretende construir uma planta de liquefação em Macaé (RJ), inicialmente com capacidade de 300 mil m3/dia. A previsão é iniciar o fornecimento de GNL para as primeiras rotas azuis em 2026.
Em seguida, a Macaw tem a intenção de replicar o projeto em Sergipe.
Já a Mercurio tem experiência na comercialização de energia elétrica e deu um passo de diversificação rumo ao mercado de gás natural.
A empresa também atua na geração de energia a biometano, como uma das acionistas da térmica Paulínia Verde (15,7 MW), contratada no leilão emergencial de 2021.
A usina é fruto de uma joint venture com o Grupo Gera e Orizon, que consome biometano produzido no aterro local.