A Lwart Soluções Ambientais anunciou nesta segunda-feira (23/10) que irá investir R$ 1 bilhão na expansão de sua unidade de rerrefino em Lençóis Paulista (SP). Com isso, será a segunda maior rerrefinaria do mundo.
A capacidade de processamento de óleos usados ou contaminados aumentará 50%, passando dos atuais 240 milhões de litros/ano para 360 milhões de litros/ano em 2025.
Segundo a empresa, a ampliação permitirá a produção de maior volume de óleo básico de alta performance, chamado de Grupo II, que atualmente precisa ser importado pelo Brasil.
O óleo lubrificante usado ou contaminado, conhecido como OLUC, é um resíduo perigoso e tem alto poder de contaminação de água, solo e ar, quando descartado incorretamente.
A legislação brasileira estipula que o único destino correto para o OLUC é o processo de rerrefino, uma espécie de reciclagem que, por meio da tecnologia, transforma o resíduo em óleo básico para a produção de novos lubrificantes.
Destino do óleo rerrefinado
A maior parte do resíduo é transformado em óleo básico de alta performance e reinserido na cadeia produtiva. O restante do processo gera subprodutos, como combustível gerador de calor para a própria planta e um composto asfáltico usado na construção civil.
A companhia coleta lubrificantes em 19 pontos ao redor do país, com alcance de 3,4 mil municípios.
“A Lwart coleta o óleo lubrificante usado em todo território nacional e com a expansão devemos crescer ainda mais em capilaridade. Isso vai garantir que um maior volume do resíduo seja gerido de forma correta e que haja, consequentemente, uma maior produção de óleo básico Grupo II no país. Estamos falando de alta tecnologia para transformar um resíduo em um óleo de extrema qualidade e que ainda reduz a necessidade de importação, dado que Brasil não é autossuficiente na produção desse tipo de óleo. Como o processo de rerrefino pode ser realizado infinitas vezes, há um impacto muito positivo na preservação ambiental”, afirmou Thiago Trecenti, presidente da Lwart Soluções Ambientais, em comunicado.