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Fornecimento de equipamentos e serviços será desafio para eólicas offshore, afirma TotalEnergies

Serão necessárias regras claras para fechar contratos com antecedência para garantir o desenvolvimento dos projetos, diz Fernanda Scoponi

Fornecimento de equipamentos e serviços será desafio para desenvolver projetos de eólicas offshore, afirma Fernanda Scoponi, gerente da TotalEnergies, durante painel no Brazil Offshore Wind Summit no Rio de Janeiro, em 27/3/2024 (Foto: Reprodução)
Painel no Brazil Offshore Wind Summit no Rio de Janeiro, em 27/3/2024 (Foto: Reprodução)

Um dos maiores desafios para desenvolver projetos de eólicas offshore no mundo hoje é conseguir fechar contratos com fornecedores de serviços e equipamentos de forma antecipada, disse a gerente de Desenvolvimento de Negócios Renováveis da TotalEnergies, Fernanda Scoponi, durante painel no Brazil Offshore Wind Summit, no Rio, nesta quarta-feira (27/3).

Nesse contexto, a previsibilidade e a segurança jurídica vão ser importantes para criar um ambiente que permita viabilizar projetos no Brasil, disse a executiva.

Ela lembrou que a segurança nas regulações também envolve aspectos relacionados à licença ambiental e regras para as bandeiras de barcos de apoio.

“Essa segurança jurídica em várias áreas vai contribuir para os investimentos serem viáveis ou não no país. Temos que saber a regra do jogo, que tem que ser clara e não pode mudar no meio do caminho”, disse.

Scoponi ressaltou que esses investimentos vão ser um compromisso de longo prazo com o país. A executiva afirmou que é importante fechar acordos com antecedência para garantir que os projetos sejam desenvolvidos nos prazos e preços planejados. Ela ressaltou que equipamentos como turbinas e cabos subsea têm um número limitado de fornecedores no mundo.

A executiva lembrou que as incertezas geopolíticas também impactam esse mercado. Segundo ela, até mesmo os projetos nos Estados Unidos têm tido um grande desafio para conseguir fechar contratos com antecedência.

“Os Estados Unidos têm planejamento, escala e incentivos e mesmo assim é desafiador”, apontou.

Durante o evento, o CEO da fabricante de pás Aeris, Alexandre Negrão, afirmou também que a indústria fornecedora brasileira vai ter que ter uma previsibilidade de pelo menos dez anos para conseguir investir para atender ao mercado offshore.

“O principal ‘driver’ de tudo é o preço”, ressaltou Negrão.

Confira a cobertura do estúdio epbr na Brazil Offshore Wind Summit 2024