A ExxonMobil anunciou nesta quarta-feira (11/10) sua fusão com a Pioneer Natural Resources em uma operação de troca de ações no valor de US$ 60 bilhões (R$ 300 bilhões). É o maior negócio da petroleira neste século — desde a aquisição da Mobil em 1998.
A Pioneer é uma das maiores produtoras de gás não-convencional dos EUA e tem como uma das vantagens sobre as concorrentes áreas exploratórias contíguas, que reduzem o custo de logística e produção.
Após a fusão, a companhia vai mais que dobrar sua produção de gás não-convencional na Bacia do Permiano — a mais prolífica dos EUA —, passando para 1,3 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boe/dia) em 2023. A expectativa da petroleira é ampliar esse volume para 2 milhões de boe/dia até 2027. As reservas totais de gás não-convencional chegarão a 16 bilhões de boe.
Com isso, a produção da ExxonMobil deve ultrapassar os 5 milhões de boe/dia em 2027, dos quais 60% serão produzidos no Permiano, na Guiana e no Brasil.
A ExxonMobil afirma que vai ganhar flexibilidade para reagir a mudanças de preço e demanda, com mais de 40% do seu portfólio passando a ter ciclo rápido de produção. E custo inferior a US$ 35 por barril.
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Como será a fusão
A fusão envolve a troca de 2,3234 ações da ExxonMobil por cada ação da Pioneer. É um prêmio de 18% em relação ao preço de fechamento da Pioneer em 5 de outubro e um prêmio de 9% com base no preço médio ponderado pelo volume de 30 dias.
A expectativa é que a transação seja concluída no primeiro semestre de 2024.
As empresas esperam ganhos de US$ 2 bilhões com sinergias, incluindo a integração da logística na região do Permiano, o uso de tecnologias proprietárias da ExxonMobil nos ativos da Pioneer e aumento da capacidade de processamento de óleo e gás.
“A Pioneer é uma líder clara na Permiano, com uma base de ativos única e pessoas com profundo conhecimento na indústria. As capacidades combinadas de nossas duas empresas proporcionarão uma criação de valor a longo prazo muito superior ao que qualquer empresa é capaz de fazer de forma independente”, afirmou o CEO da ExxonMobil, Darren Woods, em comunicado.
“A empresa consolidada manterá sua posição de liderança, impulsionando ainda mais eficiências através da combinação de nossa área adjacente e contígua na Bacia de Midland e nossa base de funcionários altamente talentosa, com a capacidade aprimorada de oferecer retornos duráveis, criando valor tangível para os acionistas por décadas a vir”, disse Scott Sheffield, CEO da Pioneer.
