RIO – O CEO da Energisa, Ricardo Botelho, afirmou nesta terça-feira (18/6) que vê as distribuidoras de gás canalizado como prestadoras de soluções de infraestrutura mais amplas no futuro – associadas a novos negócios como como a Captura, Uso e Armazenamento de Carbono (CCUS).
“A gente acha que o serviço de distribuição de gás também é um serviço de transporte de gás carbônico. Uma hora vai ser”, afirmou o executivo a jornalistas, após participar do Energy Summit, no Rio de Janeiro.
“A distribuidora de gás é uma provedora de infraestrutura, uma comercializadora de molécula e também pode fazer esse outros tipos de serviço que vêm com a transição energética”, complementou.
A Energisa entrou no segmento de distribuição de gás em 2023, com a aquisição de 100% da ES Gás, no Espírito Santo.
Um ano depois, o grupo deu o seu segundo passo no mercado, em maio, ao fechar contrato de R$ 890 milhões para aquisição da Infra Gás e Energia – que, por sua vez, detém o acordo com a Compass para compra dos 51% na Norgás, holding que reúne participações em cinco distribuidoras do Nordeste.
A transação, prevista para ser concluída em julho, permitirá à Energisa entrar, como acionista indireto não controlador, no capital da Cegás (CE), Copergás (PE), Algás (AL), Potigás (RN) e Sergas (SE).
De acordo com Botelho, a empresa está “caminhando a passos céleres” para concluir a negociação.
Em meio à entrada da Energisa no capital da Sergas, a Agrese, a agência reguladora de Sergipe, pautou para julho uma audiência para discutir a revisão dos termos do contrato de concessão da distribuidora de gás canalizado no estado. Botelho preferiu não comentar sobre o caso.
O regulador anunciou a realização da audiência pública para o dia 22 de julho, quando serão discutidos, entre outros pontos, a taxa de retorno de investimentos de 20%, que limita desenvolvimento do mercado.