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Eletrobras conclui venda de Candiota para a Âmbar

Térmica a carvão de 350 MW foi comprada por R$ 72 milhões pela empresa do grupo J&F

Eletrobras conclui venda de térmica a carvão Candiota para a Âmbar Energia, do grupo J&F. Na imagem: Vista aérea das instalações e chaminés do Complexo Termelétrico Presidente Médici (Candiota 3), da CGTEE, em Candiota, no Rio Grande do Sul, mais antiga usina a carvão do país (Foto: Eduardo Tavares/PAC)
Complexo Termelétrico Presidente Médici – Candiota 3, a mais antiga usina a carvão do país (Foto: Eduardo Tavares/PAC)

RIO – A Eletrobras informou nesta quarta-feira (3/1) que concluiu a venda da termelétrica a carvão Candiota (350MW) para a Âmbar Energia. A empresa do grupo J&F pagou R$ 72 milhões pela usina.

Candiota era o último ativo a carvão da Eletrobras e foi vendida como parte do plano de descarbonização da companhia, que tem a meta de alcançar emissão zero de carbono em 2030. Sozinha, a usina respondia por um terço das emissões da empresa.

Inaugurada em 2011, a usina é o primeiro ativo de geração a carvão da Âmbar. A compra faz parte da estratégia de ampliação do parque gerador da empresa, que já soma 2 GW.

A empresa do grupo J&F já é a quarta maior geradora térmica a gás natural do Brasil. Veja o ranking

Contrato até 2050

Candiota está entre as usinas a carvão beneficiadas pelo projeto de lei das eólicas offshore aprovado pela Câmara dos Deputados no fim de novembro.

Emendas incluídas durante a votação em plenário estabeleceram que as usinas a carvão mineral podem renovar seus contratos de venda de energia elétrica em 2028, por mais por mais 22 anos.

O prazo, até 2050, foi escolhido em relação à meta de descarbonização da economia brasileira. Quando, em tese, as térmicas a carvão se adaptam para anular suas emissões.

Além disso, os novos contratos teriam inflexibilidade de 70%, a geração na base para atender a demanda do mercado cativo, onde está a maior parte dos consumidores.