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Compass e Orizon se unem para produzir biometano em Paulínia

Empresas formam joint venture para colocar de pé projeto com capacidade inicial para 180 mil m3/dia a partir de 2025

Compass e Orizon formam joint venture para produção de biometano em Paulínia, SP. Na imagem: Instalações metálicas, dutos e tanques de armazenamento da UTE a biometano Paulínia Verde, joint venture da Orizon com a Mercurio Partners e o Grupo Gera, abastecida pelo biometano produzido pela empresa num aterro em Paulínia (SP) (Foto: Divulgação/Mercurio Partners)
O biometano produzido pela Orizon num aterro em Paulínia (SP) abastece a térmica Paulínia Verde, joint venture da empresa com a Mercurio Partners e o Grupo Gera (Foto: Divulgação/Mercurio Partners)

RIO — A Compass, comercializadora de gás do grupo Cosan, e a Orizon Meio Ambiente, da Orizon Valorização de Resíduos, anunciaram a formação de uma joint venture para a construção de uma planta de biometano no aterro de Paulínia (SP).

A unidade terá uma capacidade inicial para produzir 180 mil m3/dia, a partir de 2025, mas poderá alcançar até 300 mil m3/dia no futuro.

Ao todo, a Compass investirá até R$ 355 milhões no negócio. A empresa do grupo Cosan destinará:

  • R$ 100 milhões para o estágio inicial de formação da joint venture;
  • R$ 135 milhões para o Grupo Orizon
  • e até R$ 120 milhões para elevar a produção da planta, condicionados à entrega de um maior volume de biogás.

Dona do projeto original da planta de biometano em Paulínia, a Orizon, por sua vez, se compromete a suprir o biogás para a produção do gás renovável por 20 anos.

A Compass terá 51% e a Orizon 49% da Biometano Verde Paulínia, nome dado à JV. A primeira etapa do projeto demandará até R$ 450 milhões.

Orizon prevê mais plantas

Em 2022, a Orizon criou a Bio-E, sua divisão de energia renovável, que prevê ao menos dez plantas de produção de biometano e/ou energia elétrica.

O pontapé da empresa no mercado de biometano aconteceu no ano passado, quando entrou em operação a térmica Paulínia Verde (15,7 MW), contratada no leilão emergencial de 2021.

É uma joint venture entre a Mercurio Partners, Grupo Gera e Orizon que consome biometano produzido no aterro local.

A parceria com a Compass, agora, é para o aproveitamento do biometano ainda não explorado no projeto termoelétrico.

Cosan reforça presença no mercado

O grupo Cosan põe o segundo pé no mercado de biometano. Antes de a Compass formar a JV com a Orizon, a Raízen já havia se posicionado no segmento.

A gigante do setor sucroalcooleiro prevê inaugurar em 2023 a sua primeira planta de biometano, anexa à usina Costa Pinto, em Piracicaba (SP) – de etanol de 2ª geração. Ao todo, a empresa investirá cerca de R$ 300 milhões no projeto, para atingir cerca de 70 mil m3/dia.

A companhia espera construir unidades de produção de biogás em todas as suas 35 usinas sucroalcooleiras, nos próximos dez anos, atingindo 3 milhões de m3/dia do combustível renovável. A ideia é viabilizar os projetos por meio da joint venture Raízen Geo Biogás S.A, parceria com a Geo Biogás & Tech.