Lava jato

CGU multa Toyo Engineering em R$ 566 milhões por pagamento de propina à Petrobras

Empresa é acusada de esquema de cartel de empresas, lavagem de dinheiro e fraude à licitação

Imagem aérea das obras do Polo Gaslub, antigo Comperj, em Itaboraí no estado do Rio de Janeiro (Foto Divulgação Petrobras)
Obras do Polo Gaslub (hoje Complexo Boaventura), antigo Comperj, em Itaboraí no estado do Rio (Foto Divulgação Petrobras)

LYON (FR) — A Controladoria-Geral da União (CGU) multou a Toyo Engineering Corporation em R$ 566 milhões por pagamentos de propina e fraudes contra a Petrobras. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (7/4).

O processo faz parte da Operação Lava Jato. Entre 2011 e 2014, a Projeto de Plantas Industriais (PPI), controlada pela Toyo Engineering, fez parte do consórcio TUC Construções, que fechou contrato de R$ 3,8 bilhões com a estatal para construir a Central de Desenvolvimento de Plantas de Utilidades (CDPU) no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

De acordo com a investigação da CGU, durante a execução do contrato foram pagas propinas de cerca de 1% do valor contratual aos dirigentes das diretorias de serviço e de abastecimento da Petrobras. Além disso, foi descoberto um esquema de cartel de empresas, lavagem de dinheiro e fraude à licitação.

O órgão impôs, tanto a PPI quanto a Toyo, as sanções administrativas previstas na Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013), e ambas foram declaradas inidôneas para licitar e contratar com a Administração Pública.

As empresas, devem, ainda, divulgar as decisões administrativas em meio de comunicação de grande circulação e nos próprios estabelecimentos e sites.

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