A Braskem e a University of British Columbia (UBC) anunciam na quarta (2/10) que vão estudar a viabilidade de produção de metanol a partir de monóxido de carbono (CO) em um reator eletroquímico.
Segundo a companhia, o CO é um importante intermediário que pode ser obtido pela captura e conversão do CO2.
O projeto, que terá duração de um ano, será financiado totalmente pela Braskem, que busca alternativas para descarbonizar seus produtos.
“O metanol é um composto químico importante na indústria química que pode ser utilizado como matéria-prima em diversos processos produtivos. A rota eletroquímica explorada nesse projeto busca conseguir um produto com baixa pegada de carbono e reduzir o custo total de produção da solução integrada, incluindo a geração in situ de hidrogênio de baixo carbono, o que irá torná-lo mais atrativo economicamente”, diz Márcio Rebouças, líder da Plataforma de Tecnologias de Descarbonização da Braskem.
O produto, também conhecido como álcool metílico, é um composto químico de extrema importância para diversas indústrias e atualmente é obtido a partir de fontes não-renováveis, tais como carvão e gás natural.
A rota em estudo, ao usar o CO2 previamente capturado visa a produção de metanol com menor pegada de carbono.
Atualmente, já é possível integrá-lo à cadeia petroquímica, uma vez que existe a possibilidade de converter o metanol em olefinas e aromáticos ou utilizá-lo diretamente como combustível.
Curtis Berlinguette, pesquisador e professor de Química e Engenharia Química e Biológica na UBC, conta que a equipe de pesquisadores já demonstrou que o reator de membrana, chamado ‘Thor’, é capaz de impulsionar a produção de peróxido de hidrogênio, biodiesel e produtos farmacêuticos usando apenas água e eletricidade.
“Este projeto com a Braskem oferece uma oportunidade promissora de expandir o escopo do Thor para incluir a produção de metanol”, afirma.