Biocombustíveis

BNDES aprova R$ 99,7 milhões para biometano de resíduos urbanos no RS

Empreendimento da Solví com a Arpoador Energia vai produzir 66 mil m3/dia apartir do biogás proveniente de aterro sanitário em Minas do Leão (RS)

BNDES aprova R$ 99,7 milhões do Fundo Clima para biometano de resíduos sólidos urbanos no RS. Na imagem: Unidade de Valorização Sustentável (UVS) em Minas do Leão (RS), da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (Foto: Divulgação CRVR)
Unidade de Valorização Sustentável (UVS) Minas do Leão (Foto: Divulgação CRVR)

A Biometano Sul, união da Solví com a Arpoador Energia, assinou nesta segunda (2/10) um contrato de financiamento no valor de R$ 99,7 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para construção de uma planta de biometano no Rio Grande do Sul.

O gás renovável será produzido a partir do biogás proveniente de aterro sanitário em Minas do Leão (RS), da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR), coligada ao grupo Solví.

Com produção estimada em 66 mil m3 por dia, a planta deve ser inaugurada no segundo semestre de 2024 e será a maior da região Sul. O investimento total será de R$ 120 milhões.

Parte do financiamento do BNDES usará recursos do Fundo Clima.

Fundo Clima é um dos instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, para apoio a projetos, estudos e empreendimentos que tenham como objetivo a mitigação das emissões de gases de efeito estufa.

O fundo gerido pelo BNDES também já aprovou R$ 80 milhões para planta de biometano de resíduos agrícolas da Uisa Geo Biogás.

“O projeto é um marco para o BNDES, pois usa os recursos do Fundo Clima para uma iniciativa que conjuga transição energética com o aprimoramento da destinação dos resíduos sólidos urbanos”, comenta a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do banco, Luciana Costa.

Estratégia de expansão

Celso Pedroso, CEO da Solví, conta que o projeto faz parte de um pipeline de crescimento da empresa, que prevê a valorização do biogás de aterros com a produção de biometano – um combustível idêntico ao gás natural – em diversas plantas do grupo.

“O biometano oriundo dos aterros é uma excelente fonte de energia alternativa para o combustível fóssil. Além de contribuir diretamente com a mitigação das mudanças climáticas, sendo um combustível de fonte sustentável, menos poluente e acessível”.

Faz parte também da estratégia ambiental da empresa, que tem metas de sustentabilidade social, ambiental e governança (ESG) com foco na autossuficiência energética e hídrica, além de impacto zero carbono das próprias operações.