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Blueshift e UTE Trombudo assinam 1º contrato no mercado livre de gás de SC

Usina foi contratada no Leilão de Reserva de Capacidade de 2021 e está prevista para operar a partir de 2026

Sulgás, distribuidora gaúcha de gás canalizado, cede parte de contrato no Gasbol, com a TBG, para Petrobras. Na imagem: Planta do Gasbol (Gasoduto Bolívia-Brasil), da TBG. Dutos de transporte de gás natural na cor prata com sinalizações em amarelo (Foto: Divulgação TBG)
Gasbol (Gasoduto Bolívia-Brasil), da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (Foto Divulgação TBG)

RIO — A Blueshift e a SPE Beta Produtora de Energia – responsável pela construção da termelétrica Trombudo (28 MW) – assinaram com a SCGás o primeiro contrato no mercado livre de gás natural de Santa Catarina. A UTE foi contratada no Leilão de Reserva de Capacidade de dezembro de 2021 e está prevista para operar a partir de 2026.

A distribuidora catarinense de gás canalizado vai construir um gasoduto de 1,5 km até o local da usina. A térmica pagará uma TUSD (tarifa de uso do sistema de distribuição) criada especificamente para o setor termelétrico.

A Blueshift, comercializadora responsável pelo fornecimento de gás da térmica, já tem dois acordos para originação de molécula para a usina: um contrato na modalidade interruptível com a YPFB, para importação da Bolívia via Gasbol; e um pré-contrato com a Eagle LNG Partners para compra de gás natural liquefeito (GNL).

A comercializadora pretende aproveitar oportunidades no mercado spot americano com a Eagle e armazenar as cargas, para fazer frente à demanda da UTE – que vai operar em regime flexível.

O CEO da Blueshift, Luciano Quadros, explica que a ideia é usar o GNL como um gás de última instância. A empresa também avalia oportunidades de aquisição de gás nacional, para montar o seu portfólio.

A Blueshift é o braço de investimentos em gás de Quadros – engenheiro com passagens por Odebrecht e Camargo Corrêa. O empreendedor é também o sócio da Beta Produtora de Energia.

A TUSD para o setor termelétrico foi definida em fevereiro pela Aresc.

Este mês, a agência reguladora estadual publicou também uma nova resolução com as condições gerais de fornecimento de gás canalizado no estado.

É um documento amplo, com mais de 90 artigos que traçam os direitos e deveres na relação entre a distribuidora estadual e os clientes.