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ArcelorMittal e Fiemg vão instalar centro de descarbonização industrial em Minas Gerais

Estão previstos projetos relacionados a biocombustíveis, hidrogênio verde, CCUS e novas tecnologias de produção de aço

ArcelorMittal e Fiemg vão instalar Centro CIT/Senai de Descarbonização Industrial, em Belo Horizonte, MG. Na imagem: Linha de produção com uma série de barras incandescentes forjadas em alto forno da siderúrgica da ArcelorMittal, em Piracicaba, São Paulo (Foto: Divulgação)
ArcelorMittal Piracicaba (Foto: Divulgação)

BRASÍLIA – A ArcelorMittal e a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) assinaram, na segunda-feira (23/10), convênio de cooperação para a criação do Centro CIT/Senai de Descarbonização Industrial na capital mineira.

O centro receberá investimento inicial de R$ 34 milhões para um laboratório onde serão desenvolvidos os projetos de descarbonização.

Com foco em P&D, o centro vai promover a capacitação de profissionais para trabalhar com soluções para ajudar a indústria no corte de emissões de gases de efeito estufa.

Estão previstos projetos relacionados a biocombustíveis sustentáveis, uso de hidrogênio verde, captura e transformação de COe novas tecnologias de produção de aço.

“Este centro será fundamental para desenvolvermos em conjunto novas tecnologias que irão garantir a sustentabilidade das nossas operações”, afirmou Jefferson De Paula, presidente da ArcelorMittal Brasil.

Meta de descarbonização

Globalmente, o grupo ArcelorMittal tem meta de ser carbono neutro até 2050 e, como passo intermediário, reduzir em 25% suas emissões específicas até 2030.

Até 2030, a empresa de aço trabalhará com melhoria dos processos existentes e, depois disso, empregará tecnologias disruptivas para chegar à neutralidade de carbono até 2050. 

O grupo estuda alternativas tecnológicas para utilizar os gases de processo que contém CO2, como, por exemplo, produzindo etanol para consumo e uso na indústria química, além de outras técnicas de captura de carbono.

No Brasil, a ArcelorMittal atua prioritariamente em quatro frentes: otimização da matriz metálica com aprimoramento do uso de sucata como matéria-prima; troca de combustível com a substituição parcial do carvão mineral por gás natural; maximização do uso de carvão vegetal renovável; continuidade na adoção de melhorias de eficiência energética nos processos de produção de aço.