Combustíveis e Bioenergia

3R Petroleum mira parcerias e desinvestimentos em infraestrutura em Guamaré

Após assumir a operação do Polo Potiguar, companhia prepara gestão do portfólio de ativos de downstream e midstream

Após aquisição do Polo Potiguar (RN), 3R Petroleum avalia parcerias e desinvestimentos em infraestrutura (de midstream e downstream) em Guamaré. Na imagem: Polo Potiguar, conjunto de ativos terrestres no RN que inclui toda infraestrutura da cadeia petróleo e gás natural (Foto: Divulgação 3R Petroleum)
Chamado Polo Potiguar, conjunto de ativos inclui toda infraestrutura associada de processamento, refino, logística, armazenamento, transporte e escoamento de petróleo e gás natural (Foto: Divulgação 3R Petroleum)

RIO – Após assumir em junho a operação do Polo Potiguar, a 3R Petroleum busca, agora, parcerias e desinvestimentos de alguns ativos que compõem o ativo industrial de Guamaré (RN), disse nesta quarta (9/8) o diretor financeiro da companhia, Rodrigo Pizarro.

O executivo também descartou, por ora, planos para aumentar a capacidade da Refinaria Clara Camarão, envolvida na aquisição.

O foco da petroleira é a exploração e produção de óleo e gás – que no Polo Potiguar está integrado a ativos de refino e processamento de gás natural, por exemplo.

Segundo Pizarro, a 3R está aberta a parcerias e vendas parciais de ativos, sobretudo, no midstream (transporte e armazenamento de óleo e gás) e downstream (beneficiamento e comercialização). O diretor mencionou que eventuais negociações podem “representar alguma entrada de caixa nos próximos dois trimestres”.

O Polo Potiguar, comprado da Petrobras, inclui:

  • 22 campos de óleo e gás, bem como toda a infraestrutura e sistemas de dutos que suportam a operação;
  • e o ativo industrial de Guamaré, que compreende as unidades de processamento de gás natural (UPGNs), a refinaria de Clara Camarão e o Terminal Aquaviário de Guamaré, um TUP (terminal de uso privado).

“Desde que a gente assinou o Polo Potiguar, avaliamos o midstream e downstream tanto como parceria como de venda parcial de ativos, que não afetam diretamente ou substancialmente nosso Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização]”, disse Pizarro, durante teleconferência com analistas.

O executivo acrescentou que outros ativos que não fazem parte 100% do core business da companhia podem ser incluídos no desinvestimento.

Ele citou, como parte do foco central da empresa, a produção integrada no Rio Grande do Norte e o Polo Papa-Terra (Bacia de Campos).

“No midstream e downstream há possibilidades mais objetivas de vendas parciais, de ativos menores, e parcerias no curto e médio prazo. Outras avaliações em ativos maiores, como [o Polo] Fazenda Belém [CE], ou determinada participação na Bahia, estamos avaliando [o desinvestimento ou parceria]”, completou.

Pizarro também destacou a possibilidade de a 3R vir a prestar serviços ou para tradings ou distribuidoras, nos ativos de Guamaré, como uma forma de reduzir os riscos da companhias nas operações de midstream e downstream.