newsletter
Diálogos da Transição
Editada por Gabriel Chiappini
[email protected]
A série de debates dos Diálogos da Transição volta em julho.
Inscreva-se para receber a programação: http://eepurl.com/h4u5Xr
BP America, Shell, Chevron, ConocoPhillips alcançaram, pelo segundo ano consecutivo, a classificação máxima no Índice de Igualdade Corporativa 2022, pesquisa nos Estados Unidos que mede as políticas e práticas das corporações relacionadas aos direitos de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e intersexuais (LGBTI+) no local de trabalho.
O índice é feito anualmente pela Human Rights Campaign Foundation (HRC) desde 2002. No primeiro ano, apenas treze empresas obtiveram nota máxima 100, em comparação com mais de 840 empresas este ano.
O maior destaque nesta 20ª edição foi a adoção em larga escala de iniciativas inclusivas de transgêneros pelas empresas participantes.
Um total de 91% das 500 da Fortune — lista da revista Fortune que contém as 500 maiores corporações dos Estados Unidos — têm políticas de proteção de identidade de gênero e contra a discriminação.
No Brasil, a única empresa do setor de energia a alcançar a nota máxima foi a General Eletric do Brasil. Foi a primeira vez que a HCR realizou a pesquisa com empresas brasileiras, feita em parceria com o Instituto Mais Diversidade.
No total, participaram 60 companhias com atuação nacional, das quais 38 (63%) conquistaram a classificação máxima e a certificação de Melhores Lugares para Trabalhar LGBTI+.
“Isso reflete o incrível compromisso com a inclusão dentro da comunidade empresarial brasileira e é apenas um ponto de partida para todo o progresso que estamos ansiosos para fazer na adoção de políticas vitais para os colaboradores (as) LGBTI+”, afirmou Jay Brown, vice-presidente sênior de programas, pesquisa e treinamento da HCR.
Das empresas brasileiras participantes:
- 83% possuem políticas de Diversidade e Inclusão ou documentos institucionais que abordam temas como orientação sexual e identidade de gênero;
- e 83% delas contam com um comitê específico para acompanhar os desdobramentos dessas políticas.
Cobrimos por aqui
- Preconceito ainda é barreira para contratação de profissionais trans
- Mulheres e tecnologia: como as empresas estão caminhando para a diversidade
- Baixa diversidade nos conselhos dificulta identificação de pontos cegos, mostra pesquisa
- “Não, você senta aqui atrás, aí é só para autoridades”: Setor de energia ainda tem longo caminho até diversidade
- Diversidade de gênero e étnica podem ampliar lucros em até 35%
Mas nem tudo é um arco-íris
Um levantamento feito em 2020 pela Business Insider mostrou que as maiores empresas petrolíferas ocidentais do mundo, incluindo BP, Chevron, ConocoPhillips, Exxon, Schlumberger, Shell e Total, possuíam operações em mais de 40 países com leis anti-LGBTI+.
Recentemente, a ExxonMobil proibiu os funcionários de hastear bandeiras do orgulho LGBTI+ para fora de seus escritórios durante junho — mês do Orgulho LGBTI+, o que causou insatisfação dos funcionários da sede da companhia em Houston. Forbes
Segundo estudo da consultoria global Great Place To Work (GPTW), divulgado neste mês, os LGBTI+ também são os que mais escutam piadas e comentários preconceituosos no ambiente de trabalho: 24% afirmam terem presenciado com muita ou alguma frequência. Exame
No Reino Unido, quase 35% dos trabalhadores do setor de energia testemunharam ou sofreram discriminação com base na identidade de gênero ou orientação sexual, de acordo com pesquisa, de 2021, do fórum de diversidade Pride in Energy.
A produção de dados oficiais sobre a população LGBTI+ no Brasil ainda é escassa. Somente este ano, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a primeira contagem populacional de homossexuais e bissexuais no país, na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), chegando ao número de 2,9 milhões de pessoas.
Entretanto, o preconceito ainda é uma barreira para saber o real número dessa população.
“Não estamos afirmando que existam 2,9 milhões de homossexuais ou bissexuais no Brasil. Mas que 2,9 milhões de homossexuais e bissexuais se sentiram confortáveis para se autoidentificar ao IBGE como tal”, disse a analista do Instituto, Nayara Gomes, em entrevista coletiva. Agência Brasil
[sc name=”news-transicao” ]