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Eletrobras se prepara para participar dos leilões de transmissão e capacidade

Empresa quer aumentar volume de investimentos com novos projetos e aportes em resiliência climática

Eletrobras confirma interesse em participar dos leilões de transmissão e reserva de capacidade – que incluiu hidrelétricas. Na imagem: Diversas torres de grande porte com linhas de transmissão de energia da Eletrobras (Foto: Divulgação)
Linhas de transmissão de energia da Eletrobras (Foto: Divulgação)

RIO — Executivos da Eletrobras confirmaram, nesta quinta (14/3), o interesse da companhia em participar dos próximos leilões de linhas de transmissão, em março e setembro, e de reserva de capacidade, previsto para agosto – que incluiu hidrelétricas.

Segundo o vice-presidente de estratégia e de desenvolvimento de negócios, Élio Wolff, a empresa já vem trabalhando para habilitar os projetos.

“Nossa intenção é sim participar no leilão de fim de março, assim como no leilão de setembro. Da mesma forma como a gente já participou nos dois leilões no ano de 23”, disse o executivo, durante conversa com investidores.

No ano passado, a companhia – por meio de Furnas – arrematou no leilão de junho 303 km de linhas em Minas Gerais, para expansão da transmissão com o objetivo de atender os parques eólicos e solar, mas perdeu nas disputas que participou no leilão realizado em dezembro.

A Eletrobras também se prepara para o leilão de reserva de capacidade. O Ministério de Minas e Energia (MME) colocou em consulta pública, na semana passada, as regras para o segundo leilão deste tipo, incluindo pela primeira vez a possibilidade de contratação de energia hidrelétrica existente. A ideia é realizar a concorrência em agosto.

“Pela primeira vez, se incluiu as hidrelétricas nesse leilão de capacidade, das quais a gente tem oportunidade. Estamos trabalhando, estamos analisando, estamos preparando esses projetos para se tornarem habilitados e competitivos no leilão de capacidade”, afirmou Wolff.

Segundo ele, a companhia está otimista e “ tem leituras bastante positivas”.

R$ 3,2 bilhões para resiliência de equipamentos olhando eventos climáticos

O presidente da Eletrobras, Ivan Monteiro, destacou que são projetos que conversam em paralelo.

“Estamos tornando a empresa mais competitiva, com o objetivo de aumentar principalmente o investimento. O volume de investimento é muito superior à época quando ela era estatal”, disse o executivo.

Serão R$ 7 bilhões no ciclo de 2024 até 2027, que já foram aprovados pela Aneel e pelo ONS, que incluem grandes projetos como a linha de transmissão entre Manaus (AM) e Boa Vista (RR) e o parque de geração de energia eólica de Coxilha Negra, no Rio Grande do Sul.

Monteiro chamou a atenção para a preocupação da companhia em se proteger de eventos climáticos severos, por meio de grandes investimentos na resiliência dos equipamentos.

Segundo ele, serão aproximadamente R$ 3,2 bilhões para reforços e melhorias de equipamentos.

“São 60 mil equipamentos espalhados no Brasil inteiro. Não queremos que o equipamento sofra algum tipo de dano por ausência de manutenção ou qualquer coisa nesse sentido. Outro aspecto de resiliência diz respeito aos eventos climáticos”.

“O clima e a sua variabilidade, a sua volatilidade tem sido algo que se tornou quase que cotidiano. Isso se tornou quase que uma rotina na gestão de uma companhia do posto da Eletrobrás”, completou.