RIO — A Eletrobras divulgou, nesta terça (14/5), a assinatura de dois novos Memorandos de Entendimento (MoU) para avaliar oportunidades de negócios na cadeia de produção de hidrogênio renovável (H2R) e derivados.
Executivos da companhia estão em Roterdã, nos Países Baixos, junto com comitiva de governadores do Nordeste, onde participam de evento sobre hidrogênio.
Em parceria com a Green Energy Park, a empresa combinará recursos de mais de 10 gigawatts (GW) para produção de hidrogênio renovável e derivados.
A GEP é uma plataforma europeia que planeja iniciar, no final de 2024, as obras de implantação de um projeto de H2 na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Piauí.
O MoU mira o fornecimento de eletricidade renovável para o processo de eletrólise que origina o hidrogênio. A intenção das empresas é tornar o combustível competitivo para a indústria brasileira e para exportação.
O segundo acordo, com o governo do Ceará, também visa o fornecimento de energia renovável e de hidrogênio verde para futuros projetos industriais no estado.
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O memorando prevê o desenvolvimento de projetos de transição energética e descarbonização e de fomento ao hub cearense de hidrogênio de baixo carbono. Além de estudar soluções para o escoamento de energia elétrica onde há desenvolvimento de projetos eletrointensivos.
O Porto do Pecém, no Ceará, tem 30% do seu controle acionário nas mãos do Porto de Roterdã, e sua localização é considerada estratégica para a produção de hidrogênio e exportação de amônia verde.
O estado concentra o maior número de MoUs com empresas interessadas em fazer parte de um hub no porto. São mais de 30 memorandos de entendimento, além de quatro pré-contratos com empresas que já pagam uma espécie de aluguel para reserva da área desejada (Cactus Energia, Fortescue, AES Brasil e Casa dos Ventos).
Eletrobras aposta no hidrogênio renovável
A Eletrobras tem visto no hidrogênio renovável uma alternativa relevante na transição energética.
Em março de 2024, a companhia assinou um MoU com o braço no Brasil da Paul Wurth, de Luxemburgo, para parceria no mercado de produção e utilização de hidrogênio renovável em processos industriais no Rio de Janeiro. E, em abril, com o governo do Maranhão, para o suprimento de energia renovável na cadeia de H2.
No final do ano passado, a planta de hidrogênio renovável da usina hidrelétrica de Itumbiara, operada pela Eletrobras Furnas, na fronteira de Minas Gerais com Goiás, obteve a primeira certificação brasileira de hidrogênio renovável da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A produção acumulada chegou ao final de 2023 somando duas toneladas.
Atualmente, três projetos estão em andamento em Itumbiara: um focado em pesquisas de novas tecnologias para a produção de hidrogênio; outro voltado para operações e manutenções, incluindo treinamento de pessoal; e um projeto de armazenamento em baterias.
