RIO – A Eletrobras informou nesta quarta-feira (3/1) que concluiu a venda da termelétrica a carvão Candiota (350MW) para a Âmbar Energia. A empresa do grupo J&F pagou R$ 72 milhões pela usina.
Candiota era o último ativo a carvão da Eletrobras e foi vendida como parte do plano de descarbonização da companhia, que tem a meta de alcançar emissão zero de carbono em 2030. Sozinha, a usina respondia por um terço das emissões da empresa.
Inaugurada em 2011, a usina é o primeiro ativo de geração a carvão da Âmbar. A compra faz parte da estratégia de ampliação do parque gerador da empresa, que já soma 2 GW.
A empresa do grupo J&F já é a quarta maior geradora térmica a gás natural do Brasil. Veja o ranking
Contrato até 2050
Candiota está entre as usinas a carvão beneficiadas pelo projeto de lei das eólicas offshore aprovado pela Câmara dos Deputados no fim de novembro.
Emendas incluídas durante a votação em plenário estabeleceram que as usinas a carvão mineral podem renovar seus contratos de venda de energia elétrica em 2028, por mais por mais 22 anos.
O prazo, até 2050, foi escolhido em relação à meta de descarbonização da economia brasileira. Quando, em tese, as térmicas a carvão se adaptam para anular suas emissões.
Além disso, os novos contratos teriam inflexibilidade de 70%, a geração na base para atender a demanda do mercado cativo, onde está a maior parte dos consumidores.