RIO — A Eletrobras anunciou na sexta-feira (7/7) o início da estruturação para a venda de seu portfólio de usinas térmicas a gás. A medida, que faz parte do Plano Estratégico 2023-2027 da empresa, envolve a venda de usinas com 2 GW de capacidade.
Na lista, estão as UTEs Mauá 3, Aparecida, Santa Cruz e o conjunto do “Complexo Interior” (Anamã, Caapiranga, Codajás e Anori).
Veja os principais pontos:
- Venda das UTEs Mauá 3, Aparecida, Santa Cruz e o conjunto do “Complexo Interior” (Anamã, Caapiranga, Codajás e Anori);
- Inclusão dos direitos de reversão, em 2025, do “Complexo PIEs” (Cristiano Rocha, Tambaqui, Manauara, Ponta Negra e Jaraqui) e o projeto de Rio Negro;
- Capacidade total dos ativos: 2.059 MW (em 2025).
Em comunicado ao mercado, a Eletrobras destacou que o movimento tem como objetivo atingir o plano de descarbonização (net zero) do grupo, simplificar a estrutura societária e reestruturar o portfólio de ativos.
De acordo com o presidente da companhia, Wilson Ferreira Jr., a Eletrobras planeja atingir emissões líquidas zero nos escopos 1 (operações), 2 (energia consumida) e 3 (cadeia produtiva).
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A empresa pretende arrecadar R$ 4,4 bilhões com a venda de ativos, incluindo usinas e participações em empresas.
A venda das usinas, no entanto, ainda depende de aprovações de contrapartes, credores e órgãos reguladores. Eventuais reestruturações societárias (carve-out) também passarão pelo rito de aprovações de acordo com a governança interna da Eletrobras.
Venda de participações na Energisa
Em outro comunicado divulgado na quinta-feira (6/7), a companhia informou ter concluído a venda de suas participações acionárias nas companhias Energisa Sul-Sudeste – Distribuidora de Energia S.A. (Energisa S-SE) e Energisa Mato Grosso – Distribuidora de Energia S.A. (Energisa-MT).
As ações foram adquiridas pela Rede Energia Participações S.A. e Energisa S.A., respectivamente, pelo valor total de R$ 7 milhões.
Com a venda dessas participações, a Eletrobras reduziu para 20 o número de participações societárias minoritárias em empresas coligadas e participadas. A operação também faz parte do objetivo da companhia de reduzir participações minoritárias e não estratégicas, além de simplificar e otimizar o portfólio.
