RIO — A EDF Brasil (ex-EDF Norte Fluminense) estuda entrar no mercado de geração de energia a biomassa no Brasil. A empresa vive um processo de diversificação de portfólio.
Ano passado, estreou no setor de transmissão de energia.
“[A biomassa] faz todo sentido para o grupo. Estamos nos debruçando. São empreendimentos menores e pulverizados. Estamos estudando o mercado e vendo oportunidades”, disse o CEO da EDF Brasil, Emmanuel Delfosse, ao estúdio epbr, durante participação no Seminário de Gás Natural do IBP.
Ele conta que a empresa estuda as diferentes matérias primas possíveis. A EDF já tem experiência no negócio de biomassa na França e está internacionalizando a sua posição nesse segmento.
Ao comentar sobre o interesse em biomassa, Delfosse disse que a companhia buscará parceiros estratégicos.
Térmica a gás continua sendo o “coração” da EDF
Delfosse destacou, contudo, que a geração termelétrica a gás continua sendo o “coração da estratégia” do grupo no Brasil.
A EDF opera a UTE Norte Fluminense, em Macaé (RJ), cujo contrato no ambiente regulado vence em 2024.
O foco da empresa é recontratar a usina no leilão de reserva de capacidade deste ano.
O executivo acredita que, com a forte presença das renováveis, a custos mais baixos, nos leilões de energia, há pouco espaço para termelétricas, hoje, fora dos leilões de reserva;
“Devido à pandemia e à abertura do mercado livre no setor elétrico, não vejo muita demanda por energia, para termelétricas. Mas já a reserva de capacidade o mercado precisa desse produto, independente da demanda por energia”, comentou.