BRASÍLIA — O grupo Delta Energia anunciou nesta terça (17/10) a ampliação do seu portfólio solar com um plano de investimentos que prevê a construção de fazendas com 110 megawatts-pico (MWp) de potência instalada para entrar em operação até junho de 2024.
Serão cerca de 30 a 35 usinas fotovoltaicas instaladas em nove estados do Sudeste, Sul, Nordeste e Centro-Oeste, além do Distrito Federal. A previsão da companhia é atender cerca de 60 mil unidades consumidoras de baixa tensão no país.
O fornecimento da eletricidade será feito pelo modelo de geração compartilhada remota. Os clientes contratam a energia através da LUZ, empresa do grupo que atua na geração distribuída, e são atendidos pelas distribuidoras locais.
Geraldo Mota, diretor da Delta Solar, conta que as obras estão mais adiantadas no Mato Grosso do Sul e interior de São Paulo.
“Temos uma usina pronta em Três Lagoas, que acaba de receber liberação da distribuidora para começarmos o fornecimento de energia na região. Estamos com as construções aceleradas de mais uma planta no Mato Grosso do Sul e outras cinco em cidades paulistas”, diz.
Outras seis unidades em construção têm potencial para alcançar até 30 MWp e atender cerca de 16,5 mil consumidores até fevereiro do ano que vem.
De olho no mercado livre
Além da GD para baixa tensão, a Delta está de olho na expansão do ambiente de contratação livre com a abertura do mercado para todos os consumidores do grupo A, de alta e média tensão.
A empresa, que já atua na comercialização no mercado livre de energia, transaciona atualmente cerca de 5 mil MW médios por mês no mercado livre — cerca de 8% do consumo de energia brasileiro.
A expectativa é que 90 milhões de consumidores migrem para a modalidade de contratação direta levou a Delta a investir também em tecnologia, recursos humanos e marketing, além de ampliação de portfólio, com foco no varejo.
A companhia adquiriu uma empresa tecnologia, cujo lançamento da nova marca, a Wisebyte, ocorreu em julho deste ano e que oferece serviços agregados em software e hardware em grande escala para os segmentos de energia e telecomunicações.
“Estamos em um importante e inédito processo de evolução de abertura do setor elétrico brasileiro. Queremos que os novos clientes recebam todo suporte no processo de migração e na escolha de seu fornecedor de energia. Por isso, nosso investimento tem sido intenso para atender a essa demanda de mercado”, conclui Mota.