Delta Energia certifica usina de biodiesel para emitir CBIOs em Cuiabá

BRASÍLIA — As usinas de biodiesel da Delta Energia, localizadas em Rio Brilhante (MS) e Cuiabá (MT), estão aptas a emitir 209 mil créditos de descarbonização (CBIOs) por ano. A unidade de Cuiabá obteve pela primeira vez a certificação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Rio Brilhante passou por recertificação.

Os títulos integram a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) e remuneram os produtores de biocombustíveis pela eficiência energética e ambiental durante a produção. Cada CBIO equivale a uma tonelada de carbono que deixou de ser lançada na atmosfera.

Negociados em bolsa, eles são adquiridos pelas distribuidoras de combustíveis, que têm metas anuais.

Os processos de habilitação do grupo Delta no programa RenovaBio começaram em novembro de 2022.

As plantas passaram por auditoria interna, para mapeamento da matéria-prima usada na produção do biodiesel em cada uma das fábricas. Os dados coletados foram enviados à ANP e, após consulta pública, o órgão confirmou que as unidades estão aptas a emitir CBIOS. A certificação tem validade de três anos.

“A certificação RenovaBio é uma grande conquista. Com ela, podemos colaborar para a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa. Essa compensação ambiental contribuiria para ajudar a atingir as metas de descarbonização do Brasil”, diz Silvio Roman, superintendente de Biodiesel do Grupo Delta Energia.

As usinas de biodiesel

A unidade de Rio Brilhante (MS) foi inaugurada em 2010 e ocupa uma área de 70 mil m², com capacidade para produzir 600 mil litros do biocombustível por dia. Já a de Cuiabá (MT), inaugurada em 2019, tem capacidade de produção de até 1 milhão de litros por dia, em uma área de 50 mil m2.

As unidades usam óleo vegetal e gordura animal residual como matéria-prima, e têm o Selo Biocombustível Social, certificação concedida pelo governo federal para estimular a inclusão produtiva da agricultura familiar.

Segundo a Delta, os insumos são adquiridos de cooperativas do Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Alagoas de mais de 800 produtores familiares.