HOUSTON – O presidente da Enauta, Décio Oddone, acredita que a exploração de novas fronteiras ganhou uma sobrevida, diante do cenário atual de alta dos preços no mercado internacional.
Ele lembra que no cenário pós-pandemia, antes da guerra na Ucrânia, as petroleiras começaram a intensificar a aposta na transição energética e a indústria de óleo e gás foi obrigada a se questionar sobre as perspectivas de pico da demanda.
Com a queda de investimentos na indústria, a oferta, contudo, não tem se mostrado suficiente para acompanhar a recuperação do consumo. As incertezas do conflito no Leste Europeu sobre a oferta de petróleo russo, agora, agravam o desbalanço entre o quadro de oferta e demanda.
“Algumas consequências dessa guerra vão ficar. E então isso abre uma nova oportunidade para que exploração em [nova] fronteira volte a ser algo que entre no radar das companhias”, disse.
Em entrevista ao estúdio epbr na OTC 2022, Décio Oddone compartilha sua visão sobre a consolidação no mercado de upstream, nesta nova fase, após as primeiras grandes ondas de vendas de ativos da Petrobras e o futuro geopolítico, que afeta as estratégias do setor.
Fala sobre os os resultados de Atlanta, no pós-sal da Bacia de Santos, protegido da inflação de custos da indústria de bens e serviços; e sobre a intenção da companhia de adquirir novos ativos geradores de caixa.
Além dos próximos passos da exploração em águas profundas de Sergipe e compartilha sua visão sobre o planejamento do país para perfuração em novas fronteiras, como a Margem Equatorial.
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