RIO – O preço médio da instalação de um sistema de geração solar fotovoltaico no Brasil no primeiro trimestre de 2024 foi de R$ 2,76 por watt-pico (Wp), queda de 5% em relação ao trimestre imediatamente anterior, segundo levantamento da Solfácil. A redução no custo é um efeito da diminuição ao longo do ano passado das cotações do polissilício, matéria-prima usada nos painéis solares.
A região onde a instalação dos painéis foi mais barata nos três primeiros meses do ano foi o Centro-Oeste, com um custo médio de R$ 2,67 por Wp. O preço dos sistemas ficou empatado no Sudeste e Nordeste, a R$ 2,74/Wp, enquanto no Sul o custo médio foi de 2,82/Wp.
A região Norte apresentou os valores mais elevados para a instalação dos painéis, com uma média de R$ 2,93/Wp. Apesar disso, Amapá (R$ 2,46/Wp) e Rondônia (R$ 2,50) são os estados com o menor custo médio de instalação do país.
Na comparação estadual, Minas Gerais teve os projetos mais caros no primeiro trimestre, com um custo médio de R$ 3,09/Wp.
Os dados foram compilados pela Solfácil com base na análise dos pedidos de financiamentos de projetos residenciais recebidos pela empresa entre janeiro de 2023 e março de 2024.
O uso de painéis solares por clientes residenciais se encaixa na modalidade de geração distribuída, na qual o consumidor produz a própria energia por meio da instalação dos painéis em telhados, fachadas e terrenos.
Na semana passada, a fonte solar ultrapassou 42 gigawatts (GW) em capacidade instalada no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar). Com isso, a fonte corresponde a 18% da matriz elétrica brasileira.
Apenas entre janeiro e abril deste ano, o Brasil adicionou 5 GW em geração solar à matriz, incluindo projetos centralizados e geração distribuída.
Ao todo, o Brasil tem 28,6 GW de potência solar instalada em projetos de geração distribuída. Segundo a Absolar, esse segmento já recebeu R$ 141,3 bilhões em investimentos e R$ 42,2 bilhões em arrecadação governamental desde 2012, com a geração de 860 mil empregos.