Correta precificação do carbono para transição energética gerar mudanças econômicas reais, diz CTO da Siemens AG

Avaliação de executivos é que as mudanças climáticas tornaram a economia de baixo carbono uma demanda inquestionável

Correta precificação do carbono para transição energética gerar mudanças econômicas reais, diz CTO da Siemens AG
“Transição energética e precificação de carbono”, painel promovido pelo CEBDS (foto: Cortesia)

A economia de baixo carbono é um excelente case de negócios, mas que somente a correta precificação do carbono é capaz de provocar mudanças econômicas reais. A avaliação é do CTO da Siemens AG, Roland Busch, que participou do o painel “Transição energética e precificação de carbono”, promovido pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). 

Apresentado pelo presidente e CEO da Siemens Brasil, André Clark, e moderado pela presidente do CEBDS, Marina Grossi, o debate reuniu também a diretora Executiva do Instituto Clima e Sociedade (ICS), Ana Toni; o diretor de Energia da Braskem, Gustavo Checcucci; e o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Barral.

A avaliação dos debatedores é que as mudanças climáticas tornaram a economia de baixo carbono uma demanda inquestionável, mas também trazem desafios financeiros para as empresas, governos e organizações sociais. Para superar esses desafios, avalia Checcucci, da Braskem, é preciso a correta valoração de produtos “verdes”, bem como dos contratos de energia renovável para grandes consumidores de energia.

Toni, do ICS, apontou que a abundância e a diversidade de fontes energéticas do país trazem vantagens e desvantagens e que é preciso definir políticas públicas para a descarbonização. 

O presidente da EPE, Thiago Barral, defendeu a necessidade de unificar as variadas demandas envolvidas na transição energética, sobretudo para unir descarbonização e desenvolvimento econômico e social. No primeiro Diálogos da Transição, realizado em parceria entre a epbr e o Cebds, Barral defendeu que a sociedade precisa ser preparada para a transição energética e os agentes envolvidos precisam ter clareza para explicar a alocação de custos e benefícios

Os caminhos são de fato diversos. Entretanto, os debatedores deixaram claro a urgência de ampliar as ações em busca da economia descarbonizada. Para isso, é fundamental haver um planejamento mais audacioso e coordenado que reúna os diferentes agentes envolvidos no processo de transição energética.