A Coppe/UFRJ fechou acordo com a China National Offshore Oil Corporation (CNOOC) para fazer dois projetos de pesquisa voltados para energias renováveis no oceano. O investimento previsto é de R$ 16 milhões.
O primeiro vai estudar turbinas eólicas flutuantes em profundidades de 60 a 150 metros. “Buscamos sistemas eólicos flutuantes que sejam competitivos tanto em desempenho quanto em custo da energia. Avaliaremos o desempenho das estruturas com grau de maturidade tecnológica (TRL) superior a 4 e métodos construtivos que possam dar maior competitividade às plataformas flutuantes”, explica Segen Estefen, coordenador do Grupo de Energias Renováveis no Oceano (Gero).
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O segundo projeto vai pesquisar a descarbonização das atividades de exploração e produção de óleo e gás no pré-sal, em profundidades de 500 a 2.500 metros. A iniciativa vai adotar um conceito inovador de parque híbrido, combinando fontes eólica, de onda e solar.
Foco em desempenho e custo
Ambos os projetos, com duração de três anos, envolvem a colaboração de mais de 30 pesquisadores de quatro laboratórios distintos da Coppe. As áreas de atuação incluem hidrodinâmica, aerodinâmica, estrutural, controle de potência, oceanografia, meteorologia, estimativa de custo, otimização e inteligência artificial.
Segundo Estefen, a parceria com a CNOOC é uma extensão da colaboração estabelecida com a Universidade de Petróleo da China desde 2001. Ele destaca que o objetivo do primeiro projeto é desenvolver sistemas eólicos flutuantes competitivos em desempenho e custo.
Milad Shadman, pesquisador do Gero, ressalta que o foco é avaliar turbinas em águas intermediárias, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, onde os ventos são mais intensos. O projeto também abordará o acoplamento de carregamentos aerodinâmico, hidrodinâmico e linha de ancoragem, além da análise estrutural.
Testes experimentais
O desafio do segundo projeto é instalar sistemas flutuantes em águas ultraprofundas, considerando a intermitência das energias renováveis. A proposta inclui a avaliação do uso de baterias para estabilizar o fornecimento de eletricidade, visando a descarbonização da produção de óleo e gás em campos offshore.
Os projetos serão desenvolvidos principalmente através de simulações computacionais, culminando em testes experimentais no terceiro ano no Laboratório de Tecnologia Oceânica (LabOceano) da Coppe.
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